segunda-feira, dezembro 07, 2009

Guerra e Paz

Imagem: Google

No dia 7 de dezembro de 1941, um avião de guerra japonês pilotado por Mitsuo Fuchida levantou voo do porta-avião Akagi. Fuchida liderou o ataque-surpresa à frota americana do Pacífico em Pearl Harbor, no Havaí.

Durante os anos de guerra que se seguiram, Fuchida continuou a voar – sempre escapando por pouco da morte. Ao término da guerra, ele estava amargo e desiludido.

Poucos anos depois, ouviu uma história que aguçou sua curiosidade espiritual: Uma jovem mulher cristã cujos pais haviam sido mortos pelos japoneses durante a guerra decidiu ajudar prisioneiros japoneses. Impressionado, Fuchida começou a ler a Bíblia.

Quando ele leu as palavras de Jesus na cruz, “[…] Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34), compreendeu como aquela mulher podia mostrar bondade a seus inimigos. Naquele dia Fuchida deu seu coração a Cristo.

Este homem tornou-se um pregador leigo e evangelista aos seus compatriotas, e dessa maneira esse antigo guerreiro demonstrou “[…] a paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7) – uma paz que experimentam todos os que confiaram em Jesus, e cujas petições são “[…] conhecidas, diante de Deus” (Filipenses 4:6).

Você já encontrou esta paz? Não importa o que tenha acontecido em sua vida, Deus a oferece a você.

FONTE:H. Dennis Fischer
Nosso Andar Diário – Ministério RBC
Jesus te abençoe!

segunda-feira, novembro 30, 2009

Passagens Sem Rumo

Imagem: Rita Angel - Google
E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome […] pelo qual importa que sejamos salvos. (Atos 4:12)

Continuávamos recebendo passagens para lugar nenhum. Tínhamos feito uma viagem missionária para a Jamaica e estávamos tentando voltar para casa. Entretanto a companhia aérea estava com problemas, e não importava o que nossas passagens diziam, não podíamos deixar a Baía de Montego. Ouvimos repetidas vezes: “O seu voo foi cancelado”. Apesar de termos comprados nossas passagens cheios de boa fé, a companhia aérea não podia manter a promessa de nos transportar aos Estados Unidos. Tivemos que permanecer mais um dia antes de embarcarmos num avião que nos levasse para casa.

Imagine-se pensando que você está a caminho do céu, mas que a sua passagem é inválida. Não é impossível de acontecer. Se confiar no plano errado, você chegará ao portão da eternidade, mas a sua entrada no céu para viver com Deus para sempre, será recusada.

O apóstolo Pedro afirmou que não há salvação em ninguém mais, além de Jesus (Atos 4:12). Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). A única passagem válida para o céu é dada para aqueles que depositaram sua fé em Cristo e em Sua morte na cruz como pagamento pelos seus pecados.

Alguns oferecem outros caminhos. Mas tais caminhos não levam a lugar algum. Para ter certeza que você vai para o céu, confie em Jesus. Ele é o único caminho.


FONTE:
J. David Branon


Jesus te abençoe!

quarta-feira, novembro 25, 2009

Brasil termina participação em projeto de Bíblia escrita à mão

Imagem: Google

A participação brasileira no projeto “Povos do Mundo Escrevem a Bíblia”, que está mobilizando milhares de cristãos em 21 países, se encerrou no dia 24/11, durante uma cerimônia no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em parceria com o Vale da Bíblia e a Embaixada de Israel, está coordenando o projeto no país. A ideia é escrever à mão toda a Bíblia em diversos idiomas para que o trabalho fique exposto no Museu da Bíblia, em Israel, para a posteridade.

A Bíblia manuscrita em português coordenada pela SBB contou com a participação de brasileiros de 20 estados. “Mesmo num país com tanta diversidade cultural, como o Brasil, percebemos que a emoção dos copistas é universal. Com este gesto, de transcrever apenas um versículo das Sagradas Escrituras, perpetua-se entre nós o sentimento de herdeiros da Palavra de Deus”, afirma Erní Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da SBB, segundo nota emitida pela entidade evangélica.

Às igrejas que aderiram ao projeto, a SBB enviou de um Kit contendo um Manual de Instruções sobre como proceder a cópia dos versículos; exemplar de uma Bíblia com letra grande; folhas especiais de papel pré-impressas com o nome do livro a ser copiado; cadastros de copistas; certificados de Honra a serem conferidos aos Copistas; e caneta especial e corretivo (branco).

O projeto Povos do Mundo Escrevem a Bíblia é um desdobramento do concurso Crianças do Mundo Pintam a Bíblia, realizado em 1999 e que envolveu quase 800 mil crianças de 91 países, em cinco continentes. Os vencedores ganharam uma viagem a Jerusalém. A experiência deu origem a uma exposição itinerante e trouxe uma série de resultados positivos que motivaram os organizadores a iniciar este novo projeto em 2008, declarado o Ano da Bíblia Manuscrita, em todas as nações. Coincidentemente, a SBB desenvolveu, em 2008, uma ação com as mesmas características: o projeto da Bíblia Manuscrita, lançado para comemorar os 60 anos da entidade e que teve a proposta de produzir 29 exemplares completos das Sagradas Escrituras, mobilizando milhares de brasileiros ao longo do ano.

Cada pessoa que copia um versículo recebe um certificado de participação e seu nome aparecerá entre os cerca de 30 mil copistas de seu país no site da entidade.



sexta-feira, novembro 20, 2009

Projeto Angola

Imagem: Google

Queridos amigos e irmãos em Cristo,


A Igreja Aliança Cristã e Missionária do Gama - DF está promovendo uma campanha de arrecadação de Bíblias para os irmãos de Angola. A iniciativa se deu desde que o pastor Abisaí, visitou aquela igreja e viu a necessidade e dificuldades daqueles imãos, há alguns meses.

Portanto, peço a vocês que, se tiverem bíblias em boas condições de uso, ou condições parar comprar bíblias novas ou para doações em dinheiro para que possamos adquirí-las, por favor, entrem em contato comigo.

Nosso objetivo é conseguir o maior número de bíblias possível.

Lembrem-se que a bíblia é o nosso manual de vida cristã e que faz muita falta a quem não a tem.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a intrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra." 2 Timóteo 3:16,17.


Jesus os abençoe!

quarta-feira, novembro 18, 2009

Peça!

Imagem: Google
Quando eu era menino, de vez em quando um tio muito querido chegava em Fortaleza, para passar uns dias. Era uma festa! O ponto alto acontecia quando ele me levava para a melhor lanchonete da cidade e dizia: “Peça o que quiser!” Doce sonho!

Quem não gostaria de ter o prefeito à frente, dizendo: “O que você quer que eu faça na sua rua? É só pedir”. Ou um milionário com o talão de cheques na mão: “Pode dizer o valor!”

Houve um homem que viveu situação semelhante, só que não tendo à frente um parente querido ou um bilionário, mas o próprio Deus, Criador e dono de tudo! Salomão.
O relato está em 1Re 3.5-15. Deus lhe aparece em sonho e diz: Pede-me o que queres que eu te dê. (v.5)

Sem pestanejar, Salomão apresenta a lista: 5 Mercedes, 2 jatinhos, 15 televisões, 300 DVD´s, 25 ternos, 40 pares de sapatos, ah, e 5 palácios com ar condicionado central. Nada disso. Ela já era riquíssimo e muito poderoso.

Então pediu: “Quero 10 mil cavalos para o exército; ganhar todas as guerras que entrar (como meu pai Davi), triplicar os meus domínios e ser o rei mais poderoso do mundo! Nada pediu também nessa área.

Então pediu: “Quero saúde perfeita, para nunca pegar nem resfriado, ou sentir uma dor”. Também não.

Então pediu: “Quero ser a pessoa mais feliz do mundo, nunca ter uma angústia, uma depressão, uma tristeza”. Não.

Muitos pensariam: "Um momento! E ainda restou algo para o rei pedir?”

Sim, e como! A resposta de Salomão se divide em 4 partes, que apenas alistarei, sem espaço para detalhar cada uma:

1) Exaltou a bondade de Deus.
2) Analisou a sua própria situação com humildade e autocrítica, chamando a si mesmo de criança e confessando não saber como conduzir-se.
3) Reconheceu que o povo sobre o qual reinava não era dele, mas de Deus.
Só com esse belo preparo para o pedido em si, acho que Deus já estava inclinado a atendê-lo.
4) Finalmente, fez o pedido: que Deus lhe desse coração compreensivo para julgar o povo dEle e que pudesse discernir entre o bem e o mal.

Em suma, teve a nobreza de pedir SABEDORIA. Queria capacidade de avaliar as coisas em profundidade, para tomar atitudes justas e corretas.

Deus atendeu abundantemente a Salomão. Além de incomparável sabedoria humana, deu-lhe até o que não pedira: mais riqueza, glória e, caso fosse obediente, longevidade.

Talvez você pense: "Que história fantástica! Pena que uma coisa dessas não ocorre comigo!” Não é bem assim. Se você é discípulo de Cristo, então de certa forma ocorre, sim. Também somos exortados a pedir o que quisermos: E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei. - Jo 14.13-14

Não é exatamente como ocorreu como Salomão, é claro. Cristo não dá de forma direta e imediata como concedeu sabedoria a Salomão. Ali foi algo especial. A resposta às nossas orações é algo mais complexo. O segredo é quando Cristo diz "em meu nome". Isso envolve vários fatores, como fidelidade nossa, santidade (atitudes, comportamento), submissão à vontade de Deus. Mas, o fato de ser mais complexo, não significa que seja MENOS REAL! Somos exortados a pedir, sim!

E apesar do caso de Salomão ter sido à parte, a resposta que recebeu nos dá um excelente roteiro para AGRADARMOS a Deus em nossos pedidos.

1) Exalte a Deus
2) Diminua-se perante Ele
3) Valorize as pessoas que Deus colocou ao seu redor, especialmente os irmãos na fé
4) Peça por sabedoria, para bem desempenhar a tarefa que Deus lhe deu.

Crente que ora assim, vai agradar a Deus, como Salomão. E o resultado será orações respondidas e, muitas vezes, ainda MAIS do que pediu.

Aliás, isso não é exatamente o que Jesus ensinou em Mt 6.33? Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.


Jesus te abençoe!

quinta-feira, novembro 12, 2009

Jesus quer exclusividade!

Imagem: Google

“Aquele que não está comigo é contra mim, e aquele que comigo não ajunta, espalha.”
Lucas 11:23

Hoje em dia, exclusivismo não é bem visto. Não é "politicamente correto". No entanto, o Cristianismo que Jesus ensinou é um movimento exclusivista. Ou você está dentro ou fora, luta a favor ou contra. E, não é só aqueles que lutam contra Jesus que prejudicam o progresso do Evangelho. É também os que não decidem, que esperam e deliberam enquanto os servos do Senhor travam a batalha.

Alguns, ao observarem Jesus realizando obras poderosas, o criticaram. Outros acreditaram e começaram a seguir. Outros ainda aguardaram para ver o que mais Jesus faria. Porém, Jesus não nos chama somente para pensar e refletir. Ele nos chama a decidir e agir. Não há nenhum muro para sentar entre o reino das trevas e o Reino dos Céus. Está na hora de decidir e agir. Na verdade você já está num campo ou no outro. Sua presença e tudo que você faz ou não faz, já está tendo um impacto eterno. Sua vida está levando pessoas para onde?



FONTE:
Dennis Downing
Devocional diário "Jesus disse".


Jesus te abençoe!

Frágil Existência

Imagem: Photos

Os aspectos geológicos do Parque de Yellowstone me fascinam. Mas quando caminho entre os gêiseres tenho consciência de quanto estou próxima do perigo. Estou andando sobre o topo de um dos maiores e mais ativos vulcões do mundo.

Quando leio o livro de Jó, me sinto como se estivesse andando por esse parque no dia da erupção do vulcão, rompendo a frágil crosta terrestre e trazendo o desastre.

Como os turistas do parque, Jó estava aproveitando a vida. Ele não tinha consciência de que apenas uma proteção o separava do desastre (Jó 1:9-10). Quando Deus removeu essa proteção e permitiu que Satanás o provasse, a vida dele desmoronou (Jó 1:13-19).

Muitos cristãos vivem em circunstâncias nas quais parece que por alguma razão Deus removeu a Sua cerca de proteção. Outros, também por motivos desconhecidos, vivem numa calma relativa, aparentemente inconscientes da sua frágil existência. Como os amigos de Jó, eles acham que nada de mal vai acontecer, a menos que façam algo para merecê-lo.

Entretanto, como aprendemos com Jó, algumas vezes Deus permite que coisas ruins aconteçam às pessoas boas. Apesar da possibilidade do desastre nos atingir a qualquer momento, nada tem poder para destruir aqueles que confiam em Cristo (2 Coríntios 4:9). Nenhum desastre pode nos separar do amor de Deus.


FONTE:
Julie Ackerman Link
Nosso Andar Diário – Ministério RBC


“Pelo que, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”. (1º Coríntios 3:7)


Jesus te abençoe!

sábado, novembro 07, 2009

Como eu poderia saber?

Imagem: Google

Era a temporada de concertos no colégio e os alunos de música estavam se preparando para a grande apresentação de Natal. A professora havia informado claramente todos os detalhes aos alunos e aos pais – em duas ocasiões diferentes – e a data do ensaio obrigatório foi bem determinado.

Mas no dia do ensaio uma mãe ligou, em pânico, durante o ensaio para verificar a que horas a sua filha adolescente deveria comparecer. Outra ligou para dizer: “Estamos levando nosso filho para a casa da avó. Não faz mal perder o ensaio?” Quando a professora lembrou aos pais que este ensaio obrigatório já havia começado, ela ouviu: “Por que ninguém me disse nada? Como eu poderia saber?”

Assim como esta professora entristeceu-se porque as suas instruções tão claras foram ignoradas, será que Deus se entristece com a nossa tendência em ignorar Suas instruções claras? Em 1 Tessalonicenses 4:1-2, Paulo nos lembra que a sua mensagem inspirada por Deus nos diz: “quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus” e que essas instruções vêm “da parte do Senhor Jesus”. O Senhor se entristece, Paulo explica, quando ignoramos os Seus ensinos e vivemos à nossa maneira (Efésios 4:30; 5:2).

Esforcemo-nos em ler as instruções de Deus e a praticá-las – sem desculpas.

FONTE:
J. David Branon
Nosso Andar Diário – Ministério RBC


Jesus te abençoe!

segunda-feira, outubro 05, 2009

Ser missionário

Imagem: SXC

"A igreja que não está envolvida com missões, não tem razão de ser. É apenas uma reunião de pessoas, sem sentido!"

"Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristão: 'Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe'. (I Coríntios 9:16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. 'Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária'.
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do "diferente", ir ao encontro do marginalizado.

Ser missionário requer de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao "envio" de Jesus: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio" (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.

Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.

E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida?... Ser missionário é fazer uma decisão de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.
Jesus te abençoe!

Terra Selvagem (End Of The Spears)

Imagem: Divulgação

O filme relata a história real de um grupo de missionários cristãos que, viajando pelo Equador, tenta levar a verdade aos nativos da tribo Wadani, famosa pelo uso da violência e por buscar vingança contra qualquer um que invada seu espaço. O líder da tribo seqüestra cinco dos missionários e os condena à morte, acusando-os de serem canibais. Com isso, o resto do grupo arma uma missão para resgatar seus companheiros e vão lutar com as armas mais poderosas que existem: amor, sinceridade e perdão. Uma produção comovente que conta uma história de coragem e superação. Surpreendente e emocionante, “Terra Selvagem” toca fundo no coração de todos que tem um compromisso sincero com Deus e, portanto, querem obedecer a ordem de levar o evangelho à toda criatura.

Informações Técnicas:
Título no Brasil: Terra Selvagem
Título Original: End Of The Spears
País de Origem: EUA
Gênero: Aventura
Tempo de Duração: 111 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Site Oficial: http://www.endofthespear.com
Estúdio/Distrib.: Focus Filmes
Direção: Jim Hanon

segunda-feira, agosto 31, 2009

O Princípio da Sabedoria

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9:10).
Imagem: Google
Por Gary Henry

A busca pela sabedoria jamais pode ser separada da busca por Deus. Se a nossa filosofia não é controlada por uma teologia firme, enfrenta uma barreira impossível de superar.

As verdades fundamentais sobre Deus constituem as bases do conhecimento. A realidade de Deus é a coisa mais importante que pode-se saber e também a mais óbvia (Romanos 1:19-20). No abecedário do conhecimento, começamos com Deus. Aqueles que não crêem muitas vezes se vêem como mais avançados no seu conhecimento. Mas “nenhuma arte, nenhuma filosofia, nenhuma ciência, nenhuma literatura, nada adquirido intelectualmente, nem feitos de qualquer tipo compensarão a ignorância em relação a Deus; a alma que não o conhece é um homem ignorante; a época que não o conhece é uma época ignorante” (W. Clarkson).

O conhecimento sobre Deus é a “base” do conhecimento. É o princípio de organização que unifica todo o resto, a moldura dentro da qual todas as informações se encaixam. “No dia em que acreditei em Deus de verdade,” escreveu Dag Hammarskjold, “pela primeira vez a vida fez sentido para mim e o mundo tinha um significado.” Em Deus, o caos dos fatos se torna um cosmos de conhecimento.

A verdade simples é esta: não ficaremos sábios sem buscar a Deus, e não buscaremos a Deus sem humildade, respeito e reverência. Por isso o temor do Senhor é o “princípio” da sabedoria. O orgulho sempre corrompe o processo de aprendizagem. A ilusão de que sabemos mais do que realmente sabemos (junto com a falta de vontade de aceitar verdades que podem ter conseqüências indesejadas) farão com que não progredimos na sabedoria. É o respeito pelo Criador que abre a porta para o crescimento intelectual.

Paulo escreveu sobre certos indivíduos que “detêm a verdade” (Romanos 1:18). Há aqueles, ele disse, que evitam os fatos e “desprezam o conhecimento de Deus” (Romanos 1:28). Estas são palavras fortes, sem dúvida, mas precisamos escutá-las. Permitimos que Deus seja o princípio da nossa sabedoria do mundo real? Honestamente aceitamos isso, a mais fundamental de todas as verdades: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1)?

"Muito mais crucial do que aquilo que sabemos ou deixamos de saber é aquilo que não queremos saber." (Eric Hoffer)


Jesus te abençoe!


sexta-feira, agosto 21, 2009

Qual é a definição de amor?

Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós (1 João 3:16).


Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8).Todos têm uma definição do que seja amor. Muito se tem escrito a esse respeito e inumeráveis relatos são contados para ilustrar a questão. Porém, a Bíblia declara que em toda a história da humanidade só houve uma manifestação de amor perfeito.

Temos “conhecido” o amor, o verdadeiro amor, o amor de Jesus que deu Sua vida por Seus inimigos.Se realmente quisermos conhecer a definição de amor, não busquemos em um dicionário, mas meditemos no que o Senhor Jesus fez. Ele Se deixou cravar em uma cruz e deu Sua vida para suportar em nosso lugar o castigo divino que nossos pecados mereciam. Fez isso por amor a nós; amor totalmente imerecido, porém também o fez por amor a Deus, pois o pecado é uma afronta a Sua santidade. Portanto, foi castigado para que o Deus santo e justo pudesse dar livre curso à Sua bondade.

A cruz evidenciou o amor do próprio Deus, porque foi Ele quem “nem mesmo o seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós” (Romanos 8:32).Às vezes enfrentamos situações tão trágicas que somos tentados a dizer: Por que Deus permite isso? Nesses momentos devemos pensar novamente na cruz, onde o amor de Deus foi demonstrado pública e definitivamente.

“Quem nos separará do amor de Cristo?” (Romanos 8:35).

Fonte: Dicas da Karen


O pecado mora ao lado, o perdão também


O pecado existe sim; espreitando, enleando, seduzindo.

O perdão existe sim; aliviando, desadoecendo, enlevecendo.

Pecado e perdão não são abstrações teológicas.



O pecado existe. Enquanto ato, cometemos, repetimos, reincidimos, chutamos o balde até sussurrar um semi-surdo e murmurante pedido. Pecado adoece e quando é fato aloja-se e cria raízes, cria caule, folhas, frutifica para o mal. Pecado pesa, prostra, tolda; faz a gente olhar pro chão. Pânico de dedos em riste. Pecado parece doença ruim (na minha terra classificamos as doenças moralmente, DST é doença ruim), parece que é pra sempre, que tem que aprender a conviver com ele, parece que é melhor pecar mais uma vez só pra ver se alivia um pouco... Mas não alivia, só parece.

Tentação depois que vira pecado perde o cheiro bom e o jeito bonito. Dói e fede.

O perdão existe. Perdão faz bem. Desfaz o mal, anula o mal, desencadeia o bem.

Só que entre o perdão e o pecado não tem convivência, não há acordo. Um tem que sair; perdão é resultado de arrependimento, desses de verdade. Tem sentimento confuso que se parece com perdão, mas não é, é remorso, que não traz nem faz bem; traz morte, assunte na Bíblia... Iscariotes. Agonia.

Arrependimento existe, é quando Deus acha uma brecha em nós, inexpugnáveis malfeitores de nós mesmos, e enfia sua luz; aí, pasmos nos vemos como somos, como estamos. Somos e estamos entulhados.

Perdão de Deus é imediato, perdão de nós requer tempo; quem, quando em pecado se atreve a se contemplar? Quando já não há a adrenalina do pecado? Quando o ofegante brilho do diabo já se foi? O brilho e a adrenalina que precedem o pecado se esvaecem pra deixar só uma desesperança covarde; o inebriante cheiro e o incomparável sabor sempre dão lugar a um desumano espetáculo de alma falida. Íntimo horror.

Quando o que era formigante possibilidade se torna fato já não é mais formoso ou doce; desagradável aos olhos, asqueroso ao toque; inconveniente hóspede.

Se não me arrependo, me perco, sinto só remorso e me arrisco à corda de Iscariotes por instantes. Morro um pouco em mim pra Deus; morre um pouco de Deus em mim. Dou-me por perdido.

Mas sou crente, a palavra não me é estranha posso olhar pra cruz; posso abrir a alma e a boca e pedir socorro, e o socorro vem, o alívio vem, o perdão vem.

O pecado existe, o perdão existe. Conhecendo os dois, eu escolho não pecar.
Abençoada escolha!


Alexandre Magno Aquino Duarte
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida)


Jesus te abençoe!



quarta-feira, agosto 12, 2009

Igreja: tanto faz?

Imagem: Google

Após passar pelo espetacular processo da salvação em Cristo, o novo crente enfrentará uma questão extremamente importante para o seu novo viver cristão: e escolha da igreja a que irá pertencer. Não é correta a idéia de que "tanto faz a igreja, desde que diga que Jesus Cristo salva".

Penso que a igreja a ser escolhida deverá ter, pelos menos, três requisitos básicos.

Primeiro: seja formada por pessoas que, tal como ele, se arrependeram dos seus pecados e creram em Cristo como Salvador.

Segundo: tenha a Bíblia como única autoridade em assuntos de doutrina e fé. Essa obediência irrestrita às Escrituras é condição indispensável na escolha de uma igreja para se envolver. O crente saudável tem uma atração irresistível pela Palavra de Deus. Está convencido que ali, e somente ali, está tudo o que Deus quis ensinar e transmitir ao homem. E, exatamente por isso, rejeita veementemente qualquer tipo de pregação ou ensino religioso estranho às Escrituras. Afinal, como aprender de Jesus deturpando a Sua Palavra? Como cultuar a Deus desobedecendo-O? Como ser orientado pelo Espírito Santo pervertendo Seus ensinos?

Terceiro: que a igreja adore a Deus de uma maneira que, aos seus olhos, pareça reverente e digna. O culto religioso é extremamente sério e deve ser realizado por pessoas que estejam com os corações afinados, desfrutando de um mesmo tipo de relacionamento com Cristo, todos querendo adorá-Lo de uma maneira espontânea, racional e sincera.

Evidentemente não há sentido em se fazer uma relação de "boas e más igrejas evangélicas" segundo os dois critérios acima. A escolha da igreja a escolher depois da conversão é assunto estritamente pessoal. Cada um assumirá a responsabilidade diante de Deus pela opção feita. Deixo apenas um apelo: muito, muito cuidado!

Nos dias de hoje os chamados evangélicos se constituem um grupo exageradamente heterogêneo, com um espectro doutrinário que vai desde ensinos biblicamente corretos a invencionices simplesmente bizarras. Há igrejas sérias (antigamente chamadas protestantes), com séculos de tradição, fiéis aos ensinos de origem. Há aquelas que mantém o nome histórico, mas mudaram profundamente as doutrinas e práticas. E existem seitas inventadas há poucos anos ou mesmo poucas semanas, pois todo dia alguma "coisa" chamada igreja é criada, geralmente para os interesses pessoais e financeiros dos falsos mestres que as criaram. Há pastores sérios e pastores falsos. Quanto a pastoras - convertidas a Cristo ou não, bem intencionadas ou não - todas elas estão exercendo uma função proibida às mulheres, pelo Novo Testamento.

Sugiro que você pergunte a si mesmo: Tenho me filiado a um grupo religioso composto por pessoas que visivelmente têm servido, adorado e obedecido a Deus? Tenho tido o zelo e cuidado de examinar se estão me ensinando doutrinas que NÃO constam na Bíblia?

Qualquer motivo que lhe leve a optar por uma igreja que você reconheça não ser fiel, será insuficiente para lhe isentar perante Deus. Ele deve estar acima de todas as prioridades e merece ser adorado de uma maneira digna, respeitosa e obediente à Sua Palavra.

Por Mauro Clark
Ministério Falando de Cristo


Jesus te abençoe!


terça-feira, agosto 04, 2009

Dois passarinhos

Mauro Clark

Da minha mesa de trabalho em casa, vi pela janela vários passarinhos em cima do muro. Despertou-me a atenção a maneira como um deles usufruía alegremente da sua liberdade: voava alguns metros acima do muro e depois pousava no mesmo lugar. Aí resolveu mudar de brincadeira: ia até o jardim, beliscava alguma coisa no chão e retornava ao muro. Até que foi embora, não sei para onde, mas, certamente, seguindo o rumo que desejou.

Veio-me à mente o contraste chocante de um passarinho preso numa gaiola. Infeliz, não tem um único motivo para ser alegre. Vive de maneira diferente da sua natureza. Não foi criado para viver só, mas ali está, isolado. Foi feito para usar as asas intensamente, mas não as utiliza. Foi preparado para buscar a própria comida, mas não vai, sempre comendo o que lhe colocam. Tem capacidade física para procriar e construir uma família, mas isso também lhe está vedado. Seus instintos naturais nunca são requisitados, jamais tem que tomar uma decisão, pois não tem para onde ir, nem o que fazer. Nunca vislumbra, em altos e serenos planeios ou em velozes vôos rasantes, as belíssimas paisagens que Deus criou, pois fica em sua gaiola onde acharam por bem colocá-lo. Pobre e miserável criatura!

Responda rápido: qual dos dois passarinhos você gostaria de ser? O livre ou o engaiolado? "Que pergunta ridícula! Claro que é o livre!" - muitos se apressariam em responder.

Mas o crente em Cristo sabe muito bem que essa pergunta não é tão esquisita quanto parece. Antigamente ele também desejava ser livre, pensava ser livre, mas era um escravo. Um dia passou a aplicar para si próprio as várias passagens da Bíblia que chamam o homem de escravo do pecado, cativo pelo Diabo. (Pv 5.22; Jo 8.34; Rm 7.23; 2Tm 2.26). Percebeu que era insatisfeito consigo próprio, envergonhado com seus atos, desejoso de ter outro comportamento. Era como se a sua alma houvesse sido criada para um nível de gozo e paz que simplesmente não conseguia alcançar. Ora, e o que era isso, senão uma terrível escravidão? Era como o passarinho preso: vivendo fora do ambiente que a sua natureza pedia.

E o desespero transformou-se em suprema alegria quando descobriu que há um Deus maravilhoso que se propõe a arrancar o homem dessa situação, através da fé e submissão ao Seu Filho Jesus Cristo. "Ele nos LIBERTOU do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a REDENÇÃO, a remissão dos pecados". (C1 1.13-14).

Aquele que verdadeiramente vai a Cristo torna-se espiritualmente livre! O que é, na essência, liberdade perfeita? É poder fazer o que se tem vontade, desde que essa vontade esteja em harmonia com os padrões estabelecidos pelo Criador.

O homem sem Cristo pode fazer muita coisa, mas é uma liberdade limitadíssima, pois não está livre para praticar a mais nobre atividade do ser humano: agradar a Deus! O passarinho na gaiola é livre para ficar no poleiro mais alto ou no mais baixo; pode escolher a hora de beber água, mas que liberdade mais miserável! O pobrezinho ficará preso até o dia em que alguém, com amor, abrir a porta da gaiola, colocá-lo na mão, retirá-lo dali e simplesmente abrir os dedos, deixando-o livre para viver dignamente a sua vida.

Que maravilha saber que, para os salvos, esse dia chegou e o Senhor Jesus abriu a porta da nossa gaiola!


Jesus te abençoe!


domingo, julho 19, 2009

A história da oração

Quando o ser humano começou a orar? Quem fez a primeira oração?

A última frase de Gênesis 4 registra que, logo após o nascimento de Enos, começou-se “a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). Embora o verbo “invocar” pareça sinônimo de cultuar ou adorar, em outros textos ele é sinônimo de clamar ou orar. Numa de suas orações, Davi escreve: “Na minha angústia, “invoquei” o Senhor, “clamei” a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz” (2Sm 22.7). No Salmo 50, Deus diz: “Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15). As mesmas palavras são proferidas pela boca do profeta Jeremias: “Invoca-me, e te responderei” (Jr 33.3).

A expressão “invocar o nome do Senhor” aparece seis vezes no primeiro livro da Bíblia. Abraão (12.8; 13.4; 21.33), sua escrava Agar (16.13) e seu filho Isaque (26.25) invocam o nome do Senhor. A esta altura da história humana tal ato já seria um exercício religioso habitual.
As outras orações de Gênesis não são meras invocações da presença de Deus, mas súplicas bem elaboradas e mais explícitas. A primeira é um modelo de oração intercessória. As outras são pedidos em favor da interferência da misericórdia e do poder de Deus para resolver situações difíceis (a oração do servo de Abraão), situações ligadas a problemas de saúde (a oração de Isaque) e situações de perigo (as orações de Jacó).

Abraão demora-se na presença de Deus e insiste o quanto pode em favor da não-destruição de Sodoma e Gomorra, em benefício de alguns poucos justos porventura ali residentes. E ele consegue o favor de Deus vez após vez: Deus não destruiria as cidades da campina caso houvesse ali cinquenta, 45, quarenta, trinta, vinte ou dez justos. Como não havia nem sequer dez, as cidades foram destruídas (Gn 18.22-33). O mesmo Abraão orou em favor da saúde de Abimeleque, sua mulher e servas (Gn 20.17).


O filho de Abraão e Agar, ao ser mandado embora junto com a mãe, não tendo mais água para beber, clamou e “Deus ouviu a voz do menino” (Gn 21.17).


O servo de Abraão não sabia como cumprir a delicada missão de conseguir uma esposa para o filho solteirão de seu senhor. Então apelou à oração e foi plenamente atendido. A primeira moça com a qual se encontrou na Mesopotâmia tornou-se esposa de Isaque. O servo fez questão de contar essa experiência de oração à família da jovem (Gn 24.10-50).


Como Rebeca não engravidava, “Isaque orou ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril”. Depois de completar bodas de porcelana, aos 60 anos, nasceram os gêmeos Esaú e Jacó (Gn 25.19-26).


Depois de casar-se com quatro mulheres, de se tornar pai de doze rapazes e de Diná, e de ficar muito rico, Jacó resolveu voltar para sua terra. Porém, logo soube que o irmão ainda alimentava vingança contra ele e vinha ao seu encalço com quatrocentos homens armados. Ao perceber que ele e sua família estavam em perigo, Jacó orou ao Senhor: “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos”. Foi uma oração perseverante e audaciosa, pois do lado de cá do Jaboque ele disse ao Senhor: “Não te deixarei ir se não me abençoares”. A emoção desarmou Esaú, os dois inimigos choraram um no ombro do outro e a guerra acabou (Gn 32.3-32).


O que mais se aprende com esta história de oração é a humildade com que elas foram feitas. Na intercessão por Sodoma, Abraão declarou: “Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27). Jacó também confessou o que de fato era ao começar sua oração com as seguintes palavras: “Sou indigno de todas as misericórdias e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo” (Gn 32.10).
Bom seria se todas as nossas orações começassem com essa confissão de Jacó e a do publicano: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13).

Fonte: Revista Ultimato


quarta-feira, julho 15, 2009

Evangelização pelo testemunho


Em sua palestra no 1º Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em Lausanne, Suíça, em julho de 1974, o teólogo argentino C. René Padilla lembrou que, por trás do êxito de José no Egito, de Ester na Pérsia e de Daniel na Babilônia, estava o testemunhos desses três notáveis servos de Deus.1 A influência deles em três diferentes nações politeístas do Oriente Médio em três diferentes épocas resultou na abertura de muitas portas e em acontecimentos jamais esperados.

Na evangelização a credibilidade da igreja e dos crentes vale mais do que qualquer outra coisa. Quem não vive o que diz crer e o que anuncia deve calar-se. Pois a sua pregação seria, na verdade, uma evangelização ao contrário. É por essa razão que São Francisco de Assis dizia com certo sarcasmo: “Evangelize sempre; se necessário, use palavras”.

Tullio Ossana, professor de teologia moral em Roma, afirma que a evangelização depende em grande parte da capacidade e das virtudes do evangelizador, que deve ser fiel e merecer credibilidade, deve levar consigo a força e a capacidade do profeta, deve acolher e viver em si mesmo a mensagem que anuncia, deve saber amar o homem que, através da mensagem, Deus quer salvar.2

Nada disso é novidade. Pois Jesus, antes de enviar os doze para pregar o evangelho e curar os doentes (Lc 9.1-6), antes de enviar os setenta “a todas as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir” (Lc 10.1) e antes de enviar os discípulos pelo mundo todo para pregar o evangelho a todas as pessoas (Mc 16.15), disse-lhes claramente: “Vocês são o sal para a humanidade; mas se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada [senão para ser] jogado fora e pisado pelas pessoas que passam” (Mt 5.13, NTLH). Jesus reforça o papel do testemunho, acrescentando: “Vocês são a luz para o mundo” e essa luz “deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês que está no céu” (Mt 5.14,15, NTLH). O que somos (por dentro e por fora) e o que fazemos pesa muito mais que o que anunciamos verbalmente. Precisamos ser o que Jesus foi: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9.5).

Paulo reforça o discurso de Jesus e diz que nós somos o bom perfume de Cristo: “Como um perfume que se espalha por todos os lugares, somos usados por Deus para que Cristo seja conhecido por todas as pessoas” (2 Co 2.15, NTLH). Na mesma epístola, Paulo insiste mais uma vez na eficácia do testemunho: “A única carta [de apresentação] que eu necessito, são vocês, vocês mesmos! Só em ver a boa mudança em seus corações, todos podem ver que nós fazemos uma obra de valor entre vocês” (2 Co 3.2, BV).

Um livro publicado em outubro de 1997 afirma que “a fidelidade dos batizados é a condição primordial para o anúncio do evangelho e para a missão da Igreja no mundo”. Diz também que “para manifestar diante dos homens sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos”.3 Esse livro é a edição típica vaticana do Catecismo da Igreja Católica.

Dezoito anos antes do lançamento do Catecismo, a 3ª Conferência do Episcopado Latino-Americano, reunido em Puebla, no início de 1979, havia registrado:

Sendo o testemunho elemento primordial de evangelização e condição essencial para a verdadeira eficácia da pregação, faz-se mister que esteja sempre presente na vida e ação evangelizadora da Igreja, de tal sorte que, no contexto da vida latino-americana, atue como ‘sinal’ que provoque o desejo de conhecer a Boa Nova e ateste a presença do Senhor entre nós.4

Em julho de 1867, o americano de 34 anos Ashbel Green Simonton, missionário pioneiro da Igreja Presbiteriana do Brasil, declarou ao Presbitério do Rio de Janeiro:

A boa e santa vida de todo crente é a mais eficaz pregação do evangelho. Na falta desta pregação, os demais meios empregados não hão de ser bem-sucedidos. Toda pregação feita por palavras, quer pronunciadas de púlpito quer impressas em uma folha ou livro, pode ser rebatida por outras palavras. Mas uma vida santa não tem réplica. A experiência de todos os tempos prova que o progresso do evangelho depende especialmente da conduta e da vida dos que são professos.5

À vista de tudo que está escrito acima, chega-se à conclusão de que nós, cristãos brasileiros, estamos precisando mais de um avivamento ético, de caráter, de conduta, de compromisso sério com Cristo, do que de uma maior consciência evangelística e missionária. Esse fervor pela evangelização virá naturalmente logo em seguida ou mesmo durante o processo de santificação.

Sem esse avivamento de espiritualidade (o contrário de carnalidade), nossa evangelização continuará sendo uma evangelização despida de motivações santas, a serviço da concorrência entre católicos e protestantes, entre históricos e pentecostais, entre pentecostais e neopentecostais e entre igrejas de uma mesma denominação. Essa loucura nem sempre detectada dá razão à definição elaborada pelo jornalista Roberto Pompeu de Toledo:

[Evangelizar] é impor sua verdade ao outro, é convidar o outro a adotar um novo sistema de crença e valores, a destruir aquele no qual se formou, com os resultados desestabilizadores que se conhecem em sua estrutura emocional e na vida social.6


Notas

1. GRAHAM, Billy, PADILLA, René et al. A missão da igreja no mundo de hoje. São Paulo: ABU Editora, 1982. p. 191.
2. BERETTA, Piergiorgio. Dicionário de mariologia. São Paulo: Paulus, 1995. p. 500.
3. CATECISMO da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana. São Paulo: Edições Loyola, 2000. p. 537.
4. DOIG K., Germán. Dicionário Rio Medellín Puebla. São Paulo: Edições Loyola, 1992. p. 196.
5. SIMONTON, A.G. Ashbel Green Simonton – Diário, 1852-1867. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1982. p. 209.
6. Veja, São Paulo, 15 mar. 2000.

Fonte: Revista Ultimato

Crentes: povo estranho de sorrisinho irritante... Última parte

Os exames que o médico pediu ficaram prontos; fiz, não tinha ânimo pra discutir com ele, e precisava parecer bem, eu gostava da crente, mesmo sabendo que iria embora. Urinava com dificuldade e respirar era uma tarefa ingrata. Ficaria melhor em Montes Claros.

Ir embora significava reencontrar um monte de pessoas com as quais eu não queria encontrar; Corjesu, meu irmão mais velho me encontrou em frente ao BB, quase morto, overdose de “algafan” moído e injetado; a noite inteira tentando me reanimar; nos últimos dois meses foram seis paradas. Isso, e o pó de anjo. Suicídio.

Voltar pra casa era estranho, mamãe não sabia de nada, ou quase nada, jamais fora a uma cadeia me buscar, nem hospital, nem qualquer outro lugar; se tivesse que envergonhar minha mãe, se ela tivesse que passar vexame, morrer era melhor. Não era amor igual ao que os crentes sentiam pelas mães deles, mas era, acho que era. Ou era medo de desapontar mais.

Ficava tendo pesadelo com a carinha de mamãe, triste me olhando; fazia-me bem achar que ela pensava em mim, até falava: "É melhor ter cuidado pra não chatear mamãe, ela é brava, fecha o tempo comigo se eu vacilar!” Às vezes bandido fica assim, “doidin” pra alguém se importar com ele, se for mãe então, vich!

“Quantas vezes, eu chegava em casa, era garoto, e se mamãe não estivesse acordada, pra falar que: “Cê ainda vai me ver morta! Qualquer hora cê me encontra no chão!”Que estava sentindo “uns trem no peito” e que se morresse, não queria nem que eu fosse ao enterro... Eu ia dormir contrariado: “Ave cruz! Nem ta nem aí se chego vivo ou morto, depois fala que me ama, que isso, que aquilo... Falô, então ama né?”

Era por causa da lembrança do nome das mães que não desandava tudo, volta e meia alguém gritava: “Pelo amor da sua mãe!” E isso sempre atrapalhava; botar nome de mãe na conversa nunca deu certo.

As viagens agora eram raras, eu procurava ficar na cidade a maior parte do tempo, até estudava com o Davi, um crente batista que era colega na escola agrícola, detestava o papo de crente do Davi. Roubaram o dinheiro do crente e a culpa caiu em mim, eu não roubaria um crente.

Com os remédios a aparência melhorou, ia sempre à casa da família da namorada, ainda era confuso conviver com eles, riam demais.

Ir a igreja já deixara de ser motivo de gracejos, só mesmo quando tínhamos algum compromisso maior é que eu faltava; dizia ao contato do barão que era um bom álibi caso as notícias das cargas se espalhassem, alguns motoristas estavam assustados; minha dívida com o barão já estava quase quitada.

Não odiava mais os crentes, só não entendia nem acreditava no negócio de levantar a mão. E a idéia de morar com Deus no Céu era muito cabulosa. E Deus lá ia querer saber de gente da minha laia?

“De manhã, saímos da igreja e fomos visitar gente doente; todo dia os crentes arranjavam gente pra visitar, e orar; descobri que os crentes, se não estivessem rindo, é porque estavam orando. Todo dia tinha um doente pra visitar, e orar.”

À noite eu deixei minha mochila pronta, iria à igreja, e de manhã, antes que as coisas piorassem, nós estaríamos a caminho da Rio - Bahia, última entrega, acerto de contas e adeus. Era mais seguro não estar por ali quando a polícia da capital chegasse, ser encontrado com a crente seria ruim pra ela. Ser preso na frente dela seria ruim também.

Apocalipse 3: 20, e a história do quadro com o coração desenhado, aí chega o crítico de artes desata a por defeito na pintura, e reclama que a porta não tem fechadura, até o artista explicar que aquela porta só seria aberta por dentro... Já contei essa parte em outro artigo.

O que não contei foi o quanto aquela historinha simples me atingiu, foi um estrago, seria capaz de jurar que jamais ouvira uma coisa tão linda, e cada palavra daquele homem era mais desejável que a outra, pensava em minha situação e desesperava, devia sair dali, mas esperava mais uma frase, e mais uma frase, só mais uma frase.

Estava irremediavelmente encantado com tudo que ouvia, ouviria até de manhã, como eu queria que aquelas palavras fossem pra mim! Pensava: “Porque não falam assim comigo? Se as pessoas escutassem isso, seria diferente!” Jesus era, naquela hora, do jeitinho que a música falava que era... “Oh! Vem! Sim, vem! Não te demores, vem já". Como, naquele momento, eu queria ser como os crentes! Até ensaiaria um riso! “Eis bate à porta, paciente esperando, e chama: Ó pecador, vem!”

Eu ficava ali parado e tremendo e já chorando e agonizava; “Será que esse infeliz vai esquecer, logo hoje de mandar levantar a mão? Do jeito que crente não me suporta é capaz dele não mandar levantar a mão, e aí, o que eu faço?!”

Quando dispararam: “Eu venho como estou...” Eu não quis mais saber se ele ia mandar levantar a mão, caminhei lá pra frente, nada poderia me impedir de levantar a mão, seja lá quais fossem as conseqüências. Naquela hora eu só queria levantar a mão.

Lá, perto do moço que falava coisas da Bíblia, eu fui como eu estava, pra nunca mais ser como eu havia sido até então.

A arma incomodou na cintura, eu era um “bíblia!”

(ex-interno do centro de recuperação de mendigos - Missão Vida)


Crentes: povo estranho de sorrisinho irritante... 2ª parte

“Crentes, tenho certeza, são combinados entre si, quando encasquetam com alguma coisa; perseguir alguém, por exemplo...”

Agora era assim, eu cada vez com problemas maiores, a polícia, concorrentes, outros cobradores. Mudava de cidade. Cada cidade pior que a anterior, e pra piorar não importava a distância ou o tamanho da cidade, uma coisa era certa, os crentes.

Na verdade eu não sabia dizer se sempre existiram tantos crentes no mundo e eu não notara antes, ou de uma hora pra outra brotavam crentes como brota o mato no cerrado após uma chuva. Também podia ser trauma, a experiência ruim na “toca do demo”, ou melhor, pracinha dos crentes. Era escurecer e pronto, daí a pouco eu encontrava uns crentes, se combinasse pra encontrar não daria tão certo! “Já refulge a glória eterna...” Parecia praga.

Podia dizer até em qual parte do culto eles estavam, dependia da música, isso eu sabia, dependia da música! Eu sabia. Só o lance de levantar a mão é que eu não entendia ainda.

Às vezes ouvia parte da fala, e cada vez mais odiava os crentes, recebia o folheto só pra embolar e jogar fora, lia alguns, só por ler; “fácil falar de paz, não estavam a centenas de quilômetros de casa (às vezes eu me lembrava de casa, e de mamãe.). Podiam falar de esperança, não estavam em fuga! Não corriam o risco de “rodar”, ou dar de cara com o carniceiro”. Eu estava devendo, pagavam bem pelo meu couro.

“Eram mentiras, aquilo tudo, só mentiras. Ninguém podia ser daquele jeito, feliz. Não existia lugar daquele jeito, gente daquele jeito, Deus devia ser bom, mas era para os crentes." Torturava-me. “Bandido não fica velho, morre antes”. Vivia esperando, sempre. “Como alguém podia ser crente? Eu não cairia numa conversa daquelas! Era bom demais, não era verdade.”

Agora eu vivia às voltas com os crentes, até na gang tinha o “Aleluia”, um crente, filho de crente, desviado; era o meu trunfo, a prova que eu procurava; se vida de crente prestasse um crente não sairia da igreja dos crentes pra virar ladrão e cão de guarda! “Ah, na primeira chance eu o esfregaria na cara do pastor! Só pra ver aquele sorrisinho fugindo-lhe da cara!”.

Observando o quanto “Aleluia” sofria lembrando o tempo de crente ocorreu-me arranjar um jeito de dar drogas aos crentes, no colégio; um monte de crente, viciados e sem dinheiro pra comprar mais drogas e então um monte de crentes virando ladrões, prostitutas, cães de guarda... Colossal vingança. O fim dos crentes. Mas foi só um pensamento. Pensei, e estremeci.

Vale do Jequitinhonha, saíra apressado da cidade anterior.

Nenhum amigo no colégio agrícola. Era preciso estampar o meu “crachá de otário”, não chamar a atenção. Apesar de ser um colégio interno (EAF) havia um grande número de viciados, gente pequena, fumavam maconha que plantavam nos arredores da escola ou compravam pequenas quantidades na região.

As coisas mudam...

Era madrugada quando retornei ao colégio, à base de “algafan” moído e injetado passara os três últimos dias, voltava de Taiobeiras-Mg, encomendas do barão. Assisti às aulas na horta. Dia comum e ruim. À tarde, escondido nos últimos bancos do ônibus que levava os professores de volta à cidade, ouvia a conversa dos semi-internos, tomavam optalidon, cheiravam loló, lixo forte.

Na cidade fui apresentado a uma crente, aliás, fui apresentado a várias pessoas, todas sorridentes; por se tratar de uma crente eu dediquei-me a olhar somente pra garota, não olhava pra mais ninguém, e o sorriso não era assim tão irritante, era até bom de olhar. Não senti vontade de arrancar-lhe o sorriso, isso não! Era um belo sorriso. Aquele sorriso me descansava.

Presbiteriana! Não sabia o que significava, mas que era uma bela palavra, isso era. Presbiteriana!

Agora eu sempre falava com a irmã, até o começo do namoro eu sempre me referia a ela por: a irmã! Eu, fugitivo de tantas coisas, namorando uma crente, improvável, impensável, mas era a verdade. Namorava uma crente.

Até ir à casa da namorada crente (sim, fui conhecer a família crente da namorada!) eu não tinha uma noção clara do que era viver em família; lá em casa mamãe lecionava nos três turnos e ainda costurava. Sustentar-nos, educar-nos, rigidamente. Prioridades.

Sofri um choque, aquelas pessoas rindo, e comendo e falando e rindo mais. A atmosfera me apanhou de surpresa; rir, marca daquele povo estranho. Voltaria ali muitas vezes, mas nunca ia chapado ou armado, difícil era conviver com a alegria deles, nunca discutiam, não gritavam, nunca reclamavam. Já não odiava muito.

Fui à igreja; fora as partes que eu já sabia eles me mandaram ficar de pé e eu fiquei de pé. Não sei dizer o porquê de obedecer e ficar de pé. Só fiquei.

Com todos os problemas que carregava, e com a saúde em péssima situação, decidi ir embora, as coisas dando errado, e eu sentindo inveja da vida dos crentes. Era hora de voltar para a boca do inferno. Habitat.

Alexandre Magno Aquino Duarte
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos - Missão Vida)

terça-feira, julho 07, 2009

Não se preocupem...



Pedro Paulo Valente*

Inquietação, preocupação e ansiedade -- estes são sinônimos para descrever o mal que atormenta nossa geração pós-moderna. Nossos dias estão mais curtos, a quantidade de informações a que estamos expostos é assombrosamente grande, a competição extrapola o ambiente profissional e se manifesta em todos os nossos relacionamentos. Por fim, numa era em que o relativismo sucumbe com o absolutismo, a incerteza toma conta da nossa mente.

Não é de se estranhar que a exposição contínua a essas situações de estresse nos cause desconforto. Lembro-me da advertência de Jesus no Sermão do Monte: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mt 6.33-34). Ao contrário do que muitos pensam, as palavras de Jesus não têm a função de amenizar nosso desconforto por viver no século 21; elas nos desafiam a não nos conformarmos com a mentalidade deste século.

Enquanto o ritmo dos nossos dias tende a levar a pessoa a um estado de ansiedade que resulta num olhar essencialmente egoísta e individualista da realidade que a cerca, Jesus propõe viver o dia de hoje sem antecipar as preocupações que estão por vir. Ele nos adverte a priorizar o reino de Deus e a manifestação de sua justiça, no exercício da fé na providência divina.

Jesus não está relegando o dia de amanhã à sorte, ou a um estilo de vida irresponsável; em vez disso, está trazendo à memória que o andar preocupado não acrescenta esperança a nossa existência. Deus é pessoal e tem pleno conhecimento das nossas necessidades. Até a natureza testemunha do seu cuidado -- basta olhar para as aves do céu e para os lírios do campo.

Ao mesmo tempo, somos lembrados de que temos uma identidade. Não vivemos exclusivamente para nossas satisfações, mas para a promoção do reino de Deus. Por exemplo, andamos tão preocupados conosco que negligenciamos a atenção devida ao nosso próximo. Essa é uma situação corriqueira, capaz de nos tornar insensíveis às necessidades de nossos irmãos. Ao contrário do que se pensa, o olhar para si mesmo não traz contentamento, e sim uma busca egoísta e insaciável por prazer. Para combater este mal é primordial investir tempo em relacionamentos, pois só assim estaremos aptos a olhar para as necessidades daqueles que nos cercam.

Não é exagero lembrar que o próximo ao qual o texto se refere não se limita aos irmãos da igreja que frequentamos, mas é abrangente a toda a humanidade. Daí a urgência em promover o reino de Deus e sua justiça entre todos aqueles que estão distantes do evangelho.

Aquietai-vos, fiquem tranquilos e parem de lutar -- estes são sinônimos para descrever a reação que Deus espera de seus filhos frente às turbulências de nossos dias. Lembrem-se de que o Senhor está conosco, ele é o nosso refúgio (Sl 46.11). Cabe a nós não desanimar diante dos desafios da nossa geração e manter a proclamação do evangelho de Jesus, seja com palavras, seja com o testemunho da nossa vida.

*Pedro Paulo Valente é casado com Liz, tem 28 anos e é engenheiro de alimentos. É membro da Igreja Presbiteriana da Penha, em São Paulo, e da Associação de Fazedores de Tendas do Brasil.

Jesus te abençoe!


sexta-feira, junho 26, 2009

Crentes: povo estranho de sorrisinho irritante... 1ª parte

Eu venho como estou...
Um monte de crentes, o inconfundível sorrisinho na boca, e nenhum medo; assim o evangelho desembarcou na "toca do demo" -- lugarzinho empesteado de uma cidade mineira -- que eu batizara de "meu território", éramos um bando de viciados, ladrões; homens violentos, desafetos.

De um lado, os "bíblias", do outro lado nós, sem a menor idéia do que fazer diante dos crentes de pé à nossa frente. Tensão.

A polícia não aparecia ali, outras gangs não se aventuravam pela "toca do demo"; a não ser um viciado enlouquecido pela fissura ou um traficantezinho de uma rua só, ninguém ia ali, alça de caixão.

Eu sabia lidar com a polícia, mal as sirenes, de longe, denunciavam-lhes a aproximação, saíamos, eles encontravam o lugar quase deserto, surravam alguns bêbados e iam embora.

Eu soubera lidar com qualquer tipo de gente até então; a chegada dos crentes aquela noite fraturou nossa rotina.

Sem armas; e sorrindo. Encafifei naquela noite, porque sorriam? "Crente, pensava eu, deve ser tudo doido, a vida é um lixo só e esse povo mostrando os dentes!"

Eles cantaram, e falaram da Bíblia e minha cabeça girava, era preciso fazer alguma coisa, da minha atitude dependia o domínio e a autoridade no “meu território”, surramos os crentes. Fizemos uma fogueira com as Bíblias que conseguimos tomar deles, uma correria louca, o “boca de gaveta” tirou o violão do rapaz que falava coisas da Bíblia. E as Bíblias ardiam.

Virei notícia; estava livre, controlei, sem um tiro, sem a polícia, e sem os “bíblias” que nunca mais se meteriam com os homens da orquídea negra (Irch! nomezinho prepotente!)

20: 00 h, eu me preparava para algumas cobranças, do telhado veio o aviso: “SAPO!” sinal para alertar sobre desconhecidos na “toca do demo”; polícia sem sirenes? Impossível. Outra gang? Muito cedo pra uma tentativa de invasão de boca. Então, os crentes.

Um monte de crentes, com o mesmo sorrisinho na cara, muitas escoriações, hematomas, mais Bíblias e um violão novo. E nenhum medo.
Era desconcertante.

Empurrões, palavrões, muitos e horríveis palavrões (os “bíblias” se intimidavam com os palavrões! Não aqueles.). Nenhum tiro; não dava pra atirar nos “bíblias”, eles não usavam armas. Lógica.

Por dezenove noites aquilo se repetiu, era de cortar os pulsos! Já não tínhamos ânimo, um sentimento estranho dominava-nos; confusos, alguns já temerosos, o que motivava aquele povo esquisito de sorrisinho na cara? Estávamos desapontados com nós mesmos. Abalados.

Por não entender de “amor de crente” deduzi que era somente aquilo mesmo, um “povo estranho”, indiferente e que nos desprezava; e de indiferença e desprezo nós entendíamos, muito, estávamos acostumados.

Optamos por sair de lá durante a cantoria, era só uma meia hora e sempre acabava com uma música que dizia: “Cristo vai hoje passar...” Depois o rapaz do violão falava, e depois cantavam: “Eu venho como estou...” E gente que assistia, levantava a mão e ia lá perto; levantava a mão e nunca mais aparecia na área pra comprar bagulho, sumia.

Às vezes, depois de algum tempo eu encontrava algum, roupas novas, uma Bíblia, e o insuportável sorrisinho na cara. Como eu odiava aquele povo estranho, e o sorrisinho!
Inquietava-me, era impossível para a minha mente comum, compreender o motivo deles voltarem, todos os dias; mas voltavam, mesmo depois de deixarmos a praça só pra eles cantarem “Cristo vai hoje passar...” e “Eu venho como estou...”, mesmo depois de levarem embora muita gente que ouvia a fala deles e nunca mais comprava bagulho, mesmo assim eles voltavam. Desesperador.

O prejuízo era sem tamanho, já entre nós ninguém se animava para falar mal quando eles chegavam. “Tinha certeza que não estavam ali por nossa causa, nós não existíamos pra eles, mesmo agora quando ficávamos em silêncio, de longe, ouvindo as músicas e a fala, éramos ignorados, foi por causa da surra, e da fogueira de Bíblias.” Imperdoável.

Eles iam lá, cantavam e depois levavam embora os que levantavam a mão na hora da: “Eu venho como estou...”. A despeito de nós, eles apenas cantavam, falavam, cantavam: “Eu venho como estou...” e chamavam as pessoas, que levantavam a mão e eles levavam as pessoas embora. Qual o sentido nisso?

Agora, três semanas depois, algumas pessoas que levantaram a mão, e foram embora, e não voltaram pra comprar drogas, voltavam pra cantar igual aos “bíblias”. Também tinham Bíblias.

Sentia-me confuso, impotente até que alguém sugeriu que enfiássemos a viola no saco; até a “toca do demo” já era conhecida como a pracinha dos crentes. Humilhante. Praguejei, fiz ameaças, “ai deles se voltassem no outro dia”; após minha bravata, recolhemos o que sobrou de nós e saímos, pra nunca mais por os pés na “toca do demo”, ou melhor, na pracinha dos crentes.

Enquanto nos afastávamos, “boca de gaveta” voltou, devolveu o violão pro rapaz, ganhou um livrinho cinza que escondeu nas calças e, ao passar por mim, acho eu, ensaiou um sorrisinho de crente.

Eu esperaria ainda, dezessete meses.


Alexandre Magno Aquino Duarte
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos - Missão Vida)

quinta-feira, junho 25, 2009

Descaminho das Índias


Enquanto uma novela conquista o público, difundindo o hinduísmo, a maioria dos telespectadores não tem noção da realidade dessa religião, que está por trás da maior parte das idéias da Nova Era.

Quando os deuses se enganam

O que pensar de um deus que corta a cabeça de um menino por engano e em troca lhe dá uma cabeça de elefante? Deuses que se enganam são deuses vãos. Eles não são confiáveis. Mesmo assim, têm adoradores que se sacrificam por eles:

Na revista alemã Der Spiegel apareceu a história de um adolescente indiano de 16 anos que decidiu fazer uma oferenda singular ao deus Shiva. Sua peregrinação ao templo Trinath em Rourkela, na Índia, durou dez semanas. “Você jamais será alguém na vida!”, costumava dizer seu pai. Aswini Patel andava sempre sozinho e não era muito popular na escola, nem entre as crianças da vizinhança. Em casa, ele tinha de escutar acusações constantes de ser pouco inteligente e preguiçoso. Finalmente, ele decidiu não ouvir mais as ordens de ninguém. Ele decidiu que iria ouvir somente aos deuses. Aswini era especialmente fascinado por Shiva, o deus de muitos braços. Foi Shiva que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher. Em troca, deu-lhe uma cabeça de elefante. Assim surgiu um novo deus, chamado Ganesha. Essa história impressionou muito a Aswini.

No começo de maio de 2008, depois de uma viagem penosa, o jovem finalmente chegou ao templo cinzento de Shiva. Tirou uma lâmina de barbear de seu bolso, olhou bem para o pequeno deus de pedra e murmurou: “Senhor Shiva”. Aí estendeu sua língua e cortou um pedaço dela, depositando-o como oferenda ao lado da estátua do seu ídolo. Seu grito de dor chamou a atenção da esposa de um sacerdote, que o socorreu. Algum tempo depois, a polícia levou Aswini ao hospital, onde foi imediatamente operado. Quando seu pai chegou no dia seguinte, só abraçou seu filho. Não o xingou nem o repreendeu pelo que tinha feito. Apenas disse que o rapaz era maluco e que tudo iria ficar bem. Os médicos explicaram que Aswini voltaria a falar em alguns meses e que o resto de sua língua iria se readaptar para articular as palavras.

A Bíblia deixa bem claro: “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1 Co 10.19-20).

É muito triste que um jovem de origem humilde tenha feito algo assim. Desprezado pelos conhecidos, impelido pelas religiões ao seu redor, movido pela esperança de uma vida melhor e em busca de atenção e afeto, Aswini se dispôs a um sacrifício dolorido. Mas, por trás desse gesto está toda a cruel realidade do demonismo, da fúria destrutiva de Satanás, de seu engano e de suas impiedosas mentiras.

O jovem fez uma longa viagem e se dispôs a sacrificar um pedaço de sua língua a um deus que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher, dando-lhe em troca uma cabeça de elefante. Que deus é esse que se engana dessa forma e nem percebe estar matando seu próprio enteado? Na verdade, esses ídolos não são capazes de coisa nenhuma, pois não podem absolutamente nada, nem mesmo agir por engano:

“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a ele os que os fazem e quanto neles confiam” (Sl 115.3-8).

O demonismo que está por trás dos ídolos é que impele as pessoas a atos tresloucados como o desse jovem indiano. Muitos sofrem com compulsões demoníacas por buscarem sua salvação nos lugares errados, ao invés de procurarem auxílio em Deus, que se revelou em Jesus Cristo e quer ajudar a cada um em qualquer situação.

Como é diferente desses falsos deuses aquilo que Pedro diz de Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68). Suas palavras poderiam ser transcritas assim: “Senhor, a quem poderíamos nos dirigir? Teria de haver alguém maior do que Tu! Mas não há ninguém. Tua grandeza suprema se mostra não em símbolos nem em sinais e milagres, mesmo que estes Te acompanhem, mas naquilo que Tu dizes e com o que Tu nos dás pela Tua Palavra. Tu tens as palavras da vida eterna, essa é a grande diferença. Ninguém do mundo visível ou invisível pode tentar comparar-se contigo. Ninguém é mais importante, mais consistente ou mais significativo do que Tu, e ninguém pode dar o que Tu dás. Diante de Ti todos os grandes deste mundo somem na insignificância. Por isso, está fora de questão para quem iremos e a quem nos dirigiremos com todo o nosso ser”.

No lugar de tentarmos ofertar alguma coisa a Deus tentando agradá-lO, foi Ele que se ofereceu em sacrifício através de Jesus Cristo (2 Co 5.18-19). Por meio desse sacrifício em nosso lugar recebemos o perdão dos nossos pecados e uma vida santificada, além de sermos considerados aperfeiçoados diante de Deus, em Jesus:

Perdão: “...agora... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hb 9.26).

Santificação: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb 10.10).

Perfeição: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.14).

Quem aceita, de forma pessoal, pela fé, o sacrifício de Jesus, passa a usufruir de todo o agrado de Deus: “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1.9-10).

Fonte: Ministério Chamada

Jesus te abençoe!

terça-feira, junho 09, 2009

Meu Universo - PG

Hoje publico uma música, do cantor PG, cuja letra emociona e nos faz refletir sobre o que queremos ser diante de Deus e qual Ele espera que seja a nossa posição com relação a Ele.
Meu desejo é que esta canção chegue ao seu coração e que, ao ser tocado por essa letra que é uma verdadeira poesia, você receba as bênçãos sem medidas que Deus tem prometido sobre a sua vida!
Jesus te abençoe!



(Clique no título acima para ouvir a música)


Composição: Jesus Romero

Intérprete: PG


"Que sejas meu universo

Não quero dar-te só um pouco do meu tempo

Não quero dar-te um dia apenas da semana

Que sejas meu universo

Não quero dar-te as palavras como gotas

Quero que saia um dilúvio de bençãos da minha boca

Que sejas meu universo

Que sejas tudo o que sinto e o que penso

Que de manhã seja o primeiro pensamento

E a luz em minha janela

Que sejas meu universo

Que enchas cada um dos meus pensamentos

Que a tua presença e o teu poder sejam alimento

Jesus este é o meu desejo

Que sejas meu universo

Não quero dar-te só uma parte dos meus anos

Te quero dono do meu tempo e dos meus planos

Que sejas meu universo

Não quero a minha vontade

Quero agradar-te

E cada sonho que há em mim quero entregar-te"

segunda-feira, junho 08, 2009

Pensai nas coisas que são do alto...




A graça e a paz do Senhor Jesus esteja com você! Ao fazer um estudo bíblico sobre o direcionamento de nossas vidas de acordo com a vontade de Deus, e pesquisar sobre o assunto, encontrei essa maravilhosa pregação do Pastor Mauro Clark. Achei as reflexões feitas a partir do texto de Colossenses maravilhosas! E por isso decidi dividi-las com você!

Bom estudo!

Colossenses 3.2

Cl 3.1-3:


1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus;


2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;

3 Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.

Nos v. 1 e 3 desse trecho, Paulo explica o motivo pelo qual devemos pensar nas coisas do alto: morremos para as coisas do mundo e ressuscitamos juntamente com Cristo.


Bem que poderíamos trabalhar na explicação dessas realidades espirituais que acompanharam a nossa conversão.
Mas vou me concentrar no v.2, na própria necessidade de pensarmos no alto, o que isso significa, as conseqüências, etc.

v. 2a.: Pensai nas coisas que são do alto...

Pensar: fronew phroneo = dirigir a mente para algo, procurar, concentrar-se
.

O braço de alguém pode ser quebrado, o olho furado, a língua cortada, o corpo torturado, a vida tirada. Mas o pensamento ninguém toma dele.
Esse é o único bem que temos totalmente livre de terceiros. Se decide pensar em algo, você pensa. E ainda é segredo seu! Um escravo perto de um dono perverso pode pensar o que quiser dele, sem perigo.

Que privilégio um filho de Deus poder mover os pensamentos a Deus quando quiser, na situação em que estiver. - Para pregar, precisa de ouvintes. - Para ir ao culto, tem dias e horas certas. - Para ler a Bíblia, é preciso ter a própria Bíblia e condições apropriadas. - Mas para pensar em Deus, não há restrições de tempo, lugar ou ambiente.

E por que será que Deus tem tanto interesse em nossos pensamentos?

As nossas obras são extremamente importantes, vitais em nossa vida cristã.
Devemos procurá-las com o afinco de um escoteiro. Quando encontramos oportunidade de praticar uma boa obra, devemos sentir uma alegria tão grande de quem encontrou um objeto valioso que estava perdido. E tratar aquela oportunidade com a delicadeza com que pegamos numa porcelana. E ao praticá-la, ficarmos felizes por termos feito o bem e agradado a Deus. Deus preparou cada obra para praticarmos, antes de nascermos – Ef 2.10

Talvez você pense: “Esquisito, o pastor falava de pensamento, mudou para obras”.
Mas foi proposital. Exaltando as obras, eu estaria super-exaltando os pensamentos. Afinal, obras são conseqüência de pensamentos. Pensamentos geram obras.

Existe estreita relação entre o que alguém pensa e o que faz:

* O ladrão pensa no próximo roubo.

* O atleta, no próximo recorde.
* O pastor, na próxima pregação
.
* O empresário, no próximo negócio.


Então, se obras são importantes, imaginem os pensamentos que as produzem! O sucesso de alguém em qualquer atividade depende do quanto pensa na tal atividade. Na Embraer, uma vez ouvi: “Aqui todo mundo dorme avião, bebe avião, come avião!”

O seu viver cristão ficará mais rico, mais forte, ao pensar mais no alto:

* O contato com os padrões santos de Deus fará contraste com as coisas pecaminosas do mundo e lhe ajudará a abandoná-las.

* Temos de confessar pecados. Mas para confessá-los, temos de identificá-los. Os pensamentos do alto dão sensibilidade espiritual para essa identificação.

* Estará sempre lembrando que foi perdido e hoje é salvo.

* Terá vontade de falar de Cristo para outros.

* Pensar no alto lhe fará conhecer cada vez melhor Aquele a quem deve imitar: Cristo
.
* Como embaixador de Cristo (2Co 5.20), você conhecerá melhor o reino do qual é cidadão para melhor representá-lo aqui na terra.

* Será sempre renovada em você a esperança de vida nos céus.
* Aprenderá segredos espirituais (sabedoria) que Deus reserva os que O buscam.
* Uma vez mais íntimo com Deus, seu testemunho se tornará mais forte.


v. 2b.: ... não nas que são aqui da terra


A ênfase agora é no negativo. É incompatível considerar seriamente as coisas do céu e, ao mesmo tempo, as da terra. A expressão “as que são aqui da terra” é muito abrangente e inclui coisas diretamente pecaminosas, imorais, iníquas. Mas não vou considerá-las aqui. Quero concentrar nas coisas da terra ligadas com a nossa sobrevivência, manutenção, as preocupações da vida em geral. Ou seja, coisas não pecaminosas em si, mas cuja atenção exagerada terminará nos impedindo de pensar mais nas coisas do alto.

Já calculou quanto tempo você dedica ao seu trabalho profissional, quer dizer, servindo aos cuidados desta vida?
Se você trabalha de 2a. a 6a. feira, significa atividade em 71% dos dias da semana. E se acorda às 6, e logo cuida de se preparar e se dirigir ao trabalho, e o expediente encerra às 18h, então você dedica ao trabalho 75% do tempo que passa acordado naquele dia. É muito tempo! Mas Deus permite isso.

Quantos % dos seus ganhos são gastos com você e família? Mesmo muito, Deus permite.
Deus abre mão de grande parte do seu tempo e do seu dinheiro. Mas tem uma coisa da qual Ele não abre mão: o seu pensamento, o seu coração! Tudo bem em dedicar-se ao trabalho com afinco, procurando melhorar o padrão de vida. Mas tudo mal em empregar o coração para as coisas deste mundo. Dedique-o a Deus!

Mt 6.21: se o coração é voltado para Deus, aí está o seu tesouro.


Achamos pouco dedicar ao trabalho 75% das horas dos 71% dos dias da semana. E passamos a ocupar as nossas mentes, com angústias e preocupações. Nossos sonhos envolvem exageradamente planos e projetos puramente terrenos. Trabalhar para ganhar o pão é certo e bíblico. Exaurir-se e angustiar-se pela vida é errado e anti-biblico.

Primeiro passo para deixar os pensamentos livres para as coisas do alto é liberá-los das preocupações das coisas daqui. Foi exatamente isso o que Cristo mandou: Mt 6.25-33. Por mais que você seja inteligente, trabalhador, criativo, tenha “pique” e “garra”, nunca esqueça: quem lhe sustenta não é você. É Deus! E é precisamente Ele quem manda que Lhe demos o coração. O resto é com Ele. Já pensou se Ele dissesse: “Concentrem-se nas coisas desta vida. Angustiem-se!”? Mas Ele diz o contrário. O pesado fica com Ele e o leve para nós. Existe algo mais gostoso do que pensar nas coisas de um Deus misericordioso e santo?

Conseqüências de pensar nas coisas da terra:

* Os padrões do mundo lhe arrastarão com mais facilidade
.
* Raramente se lembrará que um dia foi perdido
.
* Não estará concentrado em falar de Cristo
.
* Será pouco íntimo de Cristo
.
* Com pouca sensibilidade espiritual, sua confissão de pecados será incompleta.
* Conhecerá mal o reino do qual é embaixador.
* Pouco se lembrará do céu, para onde irá em breve.
* Receberá pouca sabedoria do Pai.
* Testemunho fraco.

Tenhamos constantemente Cl 3.2 em mente.


É maravilhoso podermos esvaziar o coração de angústias e preocupações, para encher até transbordar de pensamentos das coisas do alto, orando, lendo, meditando, conversando com irmãos, dando graças, pedindo, conhecendo mais e mais, crescendo no Senhor Jesus!

Que Deus nos abençoe.


- Amém -