segunda-feira, agosto 31, 2009

O Princípio da Sabedoria

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência” (Provérbios 9:10).
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Por Gary Henry

A busca pela sabedoria jamais pode ser separada da busca por Deus. Se a nossa filosofia não é controlada por uma teologia firme, enfrenta uma barreira impossível de superar.

As verdades fundamentais sobre Deus constituem as bases do conhecimento. A realidade de Deus é a coisa mais importante que pode-se saber e também a mais óbvia (Romanos 1:19-20). No abecedário do conhecimento, começamos com Deus. Aqueles que não crêem muitas vezes se vêem como mais avançados no seu conhecimento. Mas “nenhuma arte, nenhuma filosofia, nenhuma ciência, nenhuma literatura, nada adquirido intelectualmente, nem feitos de qualquer tipo compensarão a ignorância em relação a Deus; a alma que não o conhece é um homem ignorante; a época que não o conhece é uma época ignorante” (W. Clarkson).

O conhecimento sobre Deus é a “base” do conhecimento. É o princípio de organização que unifica todo o resto, a moldura dentro da qual todas as informações se encaixam. “No dia em que acreditei em Deus de verdade,” escreveu Dag Hammarskjold, “pela primeira vez a vida fez sentido para mim e o mundo tinha um significado.” Em Deus, o caos dos fatos se torna um cosmos de conhecimento.

A verdade simples é esta: não ficaremos sábios sem buscar a Deus, e não buscaremos a Deus sem humildade, respeito e reverência. Por isso o temor do Senhor é o “princípio” da sabedoria. O orgulho sempre corrompe o processo de aprendizagem. A ilusão de que sabemos mais do que realmente sabemos (junto com a falta de vontade de aceitar verdades que podem ter conseqüências indesejadas) farão com que não progredimos na sabedoria. É o respeito pelo Criador que abre a porta para o crescimento intelectual.

Paulo escreveu sobre certos indivíduos que “detêm a verdade” (Romanos 1:18). Há aqueles, ele disse, que evitam os fatos e “desprezam o conhecimento de Deus” (Romanos 1:28). Estas são palavras fortes, sem dúvida, mas precisamos escutá-las. Permitimos que Deus seja o princípio da nossa sabedoria do mundo real? Honestamente aceitamos isso, a mais fundamental de todas as verdades: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1)?

"Muito mais crucial do que aquilo que sabemos ou deixamos de saber é aquilo que não queremos saber." (Eric Hoffer)


Jesus te abençoe!


sexta-feira, agosto 21, 2009

Qual é a definição de amor?

Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós (1 João 3:16).


Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Romanos 5:8).Todos têm uma definição do que seja amor. Muito se tem escrito a esse respeito e inumeráveis relatos são contados para ilustrar a questão. Porém, a Bíblia declara que em toda a história da humanidade só houve uma manifestação de amor perfeito.

Temos “conhecido” o amor, o verdadeiro amor, o amor de Jesus que deu Sua vida por Seus inimigos.Se realmente quisermos conhecer a definição de amor, não busquemos em um dicionário, mas meditemos no que o Senhor Jesus fez. Ele Se deixou cravar em uma cruz e deu Sua vida para suportar em nosso lugar o castigo divino que nossos pecados mereciam. Fez isso por amor a nós; amor totalmente imerecido, porém também o fez por amor a Deus, pois o pecado é uma afronta a Sua santidade. Portanto, foi castigado para que o Deus santo e justo pudesse dar livre curso à Sua bondade.

A cruz evidenciou o amor do próprio Deus, porque foi Ele quem “nem mesmo o seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós” (Romanos 8:32).Às vezes enfrentamos situações tão trágicas que somos tentados a dizer: Por que Deus permite isso? Nesses momentos devemos pensar novamente na cruz, onde o amor de Deus foi demonstrado pública e definitivamente.

“Quem nos separará do amor de Cristo?” (Romanos 8:35).

Fonte: Dicas da Karen


O pecado mora ao lado, o perdão também


O pecado existe sim; espreitando, enleando, seduzindo.

O perdão existe sim; aliviando, desadoecendo, enlevecendo.

Pecado e perdão não são abstrações teológicas.



O pecado existe. Enquanto ato, cometemos, repetimos, reincidimos, chutamos o balde até sussurrar um semi-surdo e murmurante pedido. Pecado adoece e quando é fato aloja-se e cria raízes, cria caule, folhas, frutifica para o mal. Pecado pesa, prostra, tolda; faz a gente olhar pro chão. Pânico de dedos em riste. Pecado parece doença ruim (na minha terra classificamos as doenças moralmente, DST é doença ruim), parece que é pra sempre, que tem que aprender a conviver com ele, parece que é melhor pecar mais uma vez só pra ver se alivia um pouco... Mas não alivia, só parece.

Tentação depois que vira pecado perde o cheiro bom e o jeito bonito. Dói e fede.

O perdão existe. Perdão faz bem. Desfaz o mal, anula o mal, desencadeia o bem.

Só que entre o perdão e o pecado não tem convivência, não há acordo. Um tem que sair; perdão é resultado de arrependimento, desses de verdade. Tem sentimento confuso que se parece com perdão, mas não é, é remorso, que não traz nem faz bem; traz morte, assunte na Bíblia... Iscariotes. Agonia.

Arrependimento existe, é quando Deus acha uma brecha em nós, inexpugnáveis malfeitores de nós mesmos, e enfia sua luz; aí, pasmos nos vemos como somos, como estamos. Somos e estamos entulhados.

Perdão de Deus é imediato, perdão de nós requer tempo; quem, quando em pecado se atreve a se contemplar? Quando já não há a adrenalina do pecado? Quando o ofegante brilho do diabo já se foi? O brilho e a adrenalina que precedem o pecado se esvaecem pra deixar só uma desesperança covarde; o inebriante cheiro e o incomparável sabor sempre dão lugar a um desumano espetáculo de alma falida. Íntimo horror.

Quando o que era formigante possibilidade se torna fato já não é mais formoso ou doce; desagradável aos olhos, asqueroso ao toque; inconveniente hóspede.

Se não me arrependo, me perco, sinto só remorso e me arrisco à corda de Iscariotes por instantes. Morro um pouco em mim pra Deus; morre um pouco de Deus em mim. Dou-me por perdido.

Mas sou crente, a palavra não me é estranha posso olhar pra cruz; posso abrir a alma e a boca e pedir socorro, e o socorro vem, o alívio vem, o perdão vem.

O pecado existe, o perdão existe. Conhecendo os dois, eu escolho não pecar.
Abençoada escolha!


Alexandre Magno Aquino Duarte
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida)


Jesus te abençoe!



quarta-feira, agosto 12, 2009

Igreja: tanto faz?

Imagem: Google

Após passar pelo espetacular processo da salvação em Cristo, o novo crente enfrentará uma questão extremamente importante para o seu novo viver cristão: e escolha da igreja a que irá pertencer. Não é correta a idéia de que "tanto faz a igreja, desde que diga que Jesus Cristo salva".

Penso que a igreja a ser escolhida deverá ter, pelos menos, três requisitos básicos.

Primeiro: seja formada por pessoas que, tal como ele, se arrependeram dos seus pecados e creram em Cristo como Salvador.

Segundo: tenha a Bíblia como única autoridade em assuntos de doutrina e fé. Essa obediência irrestrita às Escrituras é condição indispensável na escolha de uma igreja para se envolver. O crente saudável tem uma atração irresistível pela Palavra de Deus. Está convencido que ali, e somente ali, está tudo o que Deus quis ensinar e transmitir ao homem. E, exatamente por isso, rejeita veementemente qualquer tipo de pregação ou ensino religioso estranho às Escrituras. Afinal, como aprender de Jesus deturpando a Sua Palavra? Como cultuar a Deus desobedecendo-O? Como ser orientado pelo Espírito Santo pervertendo Seus ensinos?

Terceiro: que a igreja adore a Deus de uma maneira que, aos seus olhos, pareça reverente e digna. O culto religioso é extremamente sério e deve ser realizado por pessoas que estejam com os corações afinados, desfrutando de um mesmo tipo de relacionamento com Cristo, todos querendo adorá-Lo de uma maneira espontânea, racional e sincera.

Evidentemente não há sentido em se fazer uma relação de "boas e más igrejas evangélicas" segundo os dois critérios acima. A escolha da igreja a escolher depois da conversão é assunto estritamente pessoal. Cada um assumirá a responsabilidade diante de Deus pela opção feita. Deixo apenas um apelo: muito, muito cuidado!

Nos dias de hoje os chamados evangélicos se constituem um grupo exageradamente heterogêneo, com um espectro doutrinário que vai desde ensinos biblicamente corretos a invencionices simplesmente bizarras. Há igrejas sérias (antigamente chamadas protestantes), com séculos de tradição, fiéis aos ensinos de origem. Há aquelas que mantém o nome histórico, mas mudaram profundamente as doutrinas e práticas. E existem seitas inventadas há poucos anos ou mesmo poucas semanas, pois todo dia alguma "coisa" chamada igreja é criada, geralmente para os interesses pessoais e financeiros dos falsos mestres que as criaram. Há pastores sérios e pastores falsos. Quanto a pastoras - convertidas a Cristo ou não, bem intencionadas ou não - todas elas estão exercendo uma função proibida às mulheres, pelo Novo Testamento.

Sugiro que você pergunte a si mesmo: Tenho me filiado a um grupo religioso composto por pessoas que visivelmente têm servido, adorado e obedecido a Deus? Tenho tido o zelo e cuidado de examinar se estão me ensinando doutrinas que NÃO constam na Bíblia?

Qualquer motivo que lhe leve a optar por uma igreja que você reconheça não ser fiel, será insuficiente para lhe isentar perante Deus. Ele deve estar acima de todas as prioridades e merece ser adorado de uma maneira digna, respeitosa e obediente à Sua Palavra.

Por Mauro Clark
Ministério Falando de Cristo


Jesus te abençoe!


terça-feira, agosto 04, 2009

Dois passarinhos

Mauro Clark

Da minha mesa de trabalho em casa, vi pela janela vários passarinhos em cima do muro. Despertou-me a atenção a maneira como um deles usufruía alegremente da sua liberdade: voava alguns metros acima do muro e depois pousava no mesmo lugar. Aí resolveu mudar de brincadeira: ia até o jardim, beliscava alguma coisa no chão e retornava ao muro. Até que foi embora, não sei para onde, mas, certamente, seguindo o rumo que desejou.

Veio-me à mente o contraste chocante de um passarinho preso numa gaiola. Infeliz, não tem um único motivo para ser alegre. Vive de maneira diferente da sua natureza. Não foi criado para viver só, mas ali está, isolado. Foi feito para usar as asas intensamente, mas não as utiliza. Foi preparado para buscar a própria comida, mas não vai, sempre comendo o que lhe colocam. Tem capacidade física para procriar e construir uma família, mas isso também lhe está vedado. Seus instintos naturais nunca são requisitados, jamais tem que tomar uma decisão, pois não tem para onde ir, nem o que fazer. Nunca vislumbra, em altos e serenos planeios ou em velozes vôos rasantes, as belíssimas paisagens que Deus criou, pois fica em sua gaiola onde acharam por bem colocá-lo. Pobre e miserável criatura!

Responda rápido: qual dos dois passarinhos você gostaria de ser? O livre ou o engaiolado? "Que pergunta ridícula! Claro que é o livre!" - muitos se apressariam em responder.

Mas o crente em Cristo sabe muito bem que essa pergunta não é tão esquisita quanto parece. Antigamente ele também desejava ser livre, pensava ser livre, mas era um escravo. Um dia passou a aplicar para si próprio as várias passagens da Bíblia que chamam o homem de escravo do pecado, cativo pelo Diabo. (Pv 5.22; Jo 8.34; Rm 7.23; 2Tm 2.26). Percebeu que era insatisfeito consigo próprio, envergonhado com seus atos, desejoso de ter outro comportamento. Era como se a sua alma houvesse sido criada para um nível de gozo e paz que simplesmente não conseguia alcançar. Ora, e o que era isso, senão uma terrível escravidão? Era como o passarinho preso: vivendo fora do ambiente que a sua natureza pedia.

E o desespero transformou-se em suprema alegria quando descobriu que há um Deus maravilhoso que se propõe a arrancar o homem dessa situação, através da fé e submissão ao Seu Filho Jesus Cristo. "Ele nos LIBERTOU do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a REDENÇÃO, a remissão dos pecados". (C1 1.13-14).

Aquele que verdadeiramente vai a Cristo torna-se espiritualmente livre! O que é, na essência, liberdade perfeita? É poder fazer o que se tem vontade, desde que essa vontade esteja em harmonia com os padrões estabelecidos pelo Criador.

O homem sem Cristo pode fazer muita coisa, mas é uma liberdade limitadíssima, pois não está livre para praticar a mais nobre atividade do ser humano: agradar a Deus! O passarinho na gaiola é livre para ficar no poleiro mais alto ou no mais baixo; pode escolher a hora de beber água, mas que liberdade mais miserável! O pobrezinho ficará preso até o dia em que alguém, com amor, abrir a porta da gaiola, colocá-lo na mão, retirá-lo dali e simplesmente abrir os dedos, deixando-o livre para viver dignamente a sua vida.

Que maravilha saber que, para os salvos, esse dia chegou e o Senhor Jesus abriu a porta da nossa gaiola!


Jesus te abençoe!