quinta-feira, novembro 24, 2011

Dia de Ação de Graças


"Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor (...). Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor, e invocarei o nome do Senhor. Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo, nos átrios da casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém. Louvai ao Senhor.” 
(Salmos 116.12-13,17-19) 
    

sexta-feira, novembro 18, 2011

Tornando-se Ester


Há alguns dias, um amigo me enviou o link do artigo "Tornando-se Ester". Na época eu não consegui dedicar a atenção que queria ao assunto. Então, o deixei salvo para que pudesse ler em outra ocasião. 

Como não acredito em "acaso", mas sim em propósito, somente hoje me lembrei desse artigo. Foi um texto que falou muito ao meu coração, e realmente me abençoou. Além de justificar convicções, esclareceu dúvidas e conflitos pelos quais eu orava por entendimento e que, acredito, sejam os mesmos de muitas mulheres. 

Então, estou compartilhando com vocês, orando para que as abençoe tanto quanto a mim. Vale muito a leitura! 

Imagem: Google 

“Em chegando o prazo de cada moça vir ao rei Assuero, depois de tratada segundo as prescrições para as mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com perfumes e ungüentos em uso entre as mulheres) então, é que vinha a jovem ao rei…” Ester 2:12-13

Eu sempre fico abismada com o tipo de preparação que a rainha Ester teve que passar antes que fosse apta a se apresentar ao rei Assuero. Alguma de nós estaria disposta a apassar por doze meses de tratamento de beleza antes de conhecer o homem dos nossos sonhos? É provável que não, mas imagine a possibilidade. Um ano separado para apenas um propósito: se tornar tudo o que você for capaz de ser para aquele a quem você mais ama. Tempo precioso para cultivar beleza, fazer investimentos em educação e etiqueta, fortalecer virtudes e construir caráter.

A preparação de Ester me lembra daquele precioso tempo entre o despertar do desejo no coração de uma jovem mulher de compartilhar sua vida com um companheiro, e o momento em que sobe ao altar. Para muitas, esse tempo de preparação é visto como nada mais que um tempo de espera. Mulheres solteiras freqüentemente vêem a si mesmas como sentadas na prateleira enquanto a vida passa por elas, ou sentadas no banco enquanto outras jogam. Não percebem que estão desperdiçando o período mais importante de suas vidas, estão privando a si mesmas de grande alegria e recompensa, estão privando seus futuros maridos de uma mulher mais virtuosa e estão privando a Deus de uma serva através da qual Ele deseja fazer coisas grandiosas.

Assim como Ester teve que estar preparada antes que pudesse ser rainha de um reino inteiro, a mulher também deve estar preparada antes que possa embarcar em um dos mais importantes e difíceis chamados na vida: o matrimônio e a maternidade. Ester teve que aprender os costumes do reino em que vivia, teve que aprender as práticas da vida na corte e os desafios intelectuais, emocionais e espirituais da posição superior, antes mesmo de ter o título. Para simplificar, Ester tinha que ser convertida de uma jovem moça a uma rainha. Da mesma forma, a mulher cristã solteira deve aprender os costumes do Reino dos Céus antes mesmo que se una àquele que Deus está preparando para ela. Ela deve estar preparada intelectualmente, emocionalmente e espiritualmente, não para um representante da corte em algum templo pagão,  mas para o próprio Deus, para aprender da sua Palavra e com outras mulheres que foram preparadas antes dela.

O celibato não é um desperdício de tempo ou uma condenação  a ficar sentada no banco, mas um tempo que Deus separou especialmente para fazer da mulher o que Ele quer que ela seja, e usá-la de formas que poderiam ser impossíveis após o casamento. O celibato é um tempo no qual uma mulher deve cultivar as virtudes que pertencem a uma mulher de Deus, para assim poder oferecer ao seu futuro marido e ao mundo algo mais do que apenas um rosto bonito.

Lembre-se no seu celibato que você não é a única solteira, mas seu futuro marido está passando pelo mesmo estágio que você. Não seria terrível finalmente conhecer o homem que irá se tornar seu marido e descobrir que ele usou seu próprio celibato para servir a Deus e preparar-se para ser um marido melhor para você, enquanto que você não usou a liberdade do seu celibato para servir ao Senhor, nem tirou vantagem alguma do treinamento que Deus lhe ofereceu? Também não seria terrível perceber que seu marido passou seus dias como homem solteiro orando diariamente por suas necessidades e pela obra de Deus na sua vida, enquanto você sequer orou por ele, nem respondeu à graça de Deus que lhe foi dada como resultado das orações dele?

É algo maravilhoso quando Deus abençoa a uma mulher com um marido. Aquele alguém especial é “simplesmente perfeito” para ela e foi, de forma cuidadosa e pensativa, desenhado por Deus para ser um em união com ela. É tamanho o prazer para uma mulher olhar para trás e lembrar como Deus a capacitou para esperar nEle e que Ele foi fiel em abençoá-la. É ainda maior o prazer para ela saber que seu tempo como mulher solteira foi também um tempo de buscar a Deus e ser fiel a Ele em seu propósito. Que não quis nem por um momento fugir daquele estado, mas desejou apenas confiar em Deus e esperar na sua graciosa soberania.

De maneira nenhuma é uma tragédia ser uma mulher cristã solteira, mas o caminho do mundo mais uma vez se infiltrou no Cristianismo com a falsa ideia de que é. Uma das maiores mentiras é se você não “tem alguém” ou não está “procurando alguém”, há algo de errado com você. Outra mentira é que a mulher solteira deveria estar namorando por ai como se procurar um marido fosse como fazer compras num shopping. Uma mentira ainda mais forte é que a mulher solteira deveria estar dando o seu carinho indiscriminadamente para que se torne “mais experiente” e saiba como fazer quando finalmente encontrar o homem da sua escolha. Minha cara cristã, é uma mentira e uma afronta a Deus dizer que a experiência é a melhor professora, e apesar do lema do mundo ser “vivendo e aprendendo”, o conselho da Bíblia é “aprendendo e vivendo”. Você não precisa ter experiência, você só precisa ser conhecedora do que Deus disse, e ser obediente a isso. Você não deveria estar procurando pelo homem de sua escolha, mas deveria estar esperando pelo homem da escolha de Deus. E quando ele vier, não serão experiências passadas que farão seu casamento funcionar, mas sim a castidade, pureza e santidade já vividas. Deveríamos esconder as nossas faces dos caminhos e experiências desse mundo perverso e buscar apenas aquilo que Deus colocou no caminho que Ele preparou para nós.

Deus sabe exatamente o que você precisa e até mesmo sabe os desejos do seu coração melhor que você mesma. Deus ama surpresas. Ele não quer que você procure por seu marido. Ele quer trazê-lo até você, e provavelmente quando você menos esperar. Se você desobedece a esse conselho, como tantas outras mulheres antes de você, a passa a procurar por si mesma um parceiro, você pode encontrar alguém, mas são muitas as chances de o alguém que você encontrar não ser o certo.

Como mulheres, nossa natureza deseja a companhia e o companheirismo de um homem. Isso vem de Deus, e portanto, é bom. Mas ao mesmo tempo, estamos erradas em pensar que a morte será o resultado se essa necessidade não for suprida. Necessitar de outro como companheiro não é como a necessidade de respirar. Ou seja, você pode sobreviver sem um companheiro pelo menos até que Deus tenha feito a sua perfeita obra em você. Lembre-se das Escrituras: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças.” 1 Co 10:13

Descobri que há duas razões primárias do porquê alguém precisa “desesperadamente” de outra pessoa. Em primeiro lugar, é porque não conhecem a Deus como deveriam. Deus não é o Deus de todo o conforto? Cristo não é o Exaltado Senhor que completa tudo em todo lugar? Então porque reclamamos sobre o quão vazias e sozinhas nos sentimos?  Não pode ser que Deus aumente o nosso tempo de celibato para que possamos encontrar vida Nele e aprendamos a ser completas Nele? Se buscamos nos casar porque sentimos que um marido irá satisfazer as nossas vidas ou irá de alguma forma nos fazer completas, seremos severamente desapontadas em nosso casamento. Nenhum homem, não importa o quão parecido com Cristo, poderia de alguma forma tomar o lugar de Deus nas nossas vidas, e pensar tal coisa é pura idolatria. Se não somos satisfeitas por Deus agora e completas em Cristo no presente, então nem sequer um casamento feito nos céus será capaz de mudar nosso vazio.

A segunda razão para a desesperada necessidade de alguém em nossas vidas é o puro egoísmo. Quando precisamos de alguém para nos sentirmos amadas, ou quando precisamos de alguém para que nossos sentimentos de solidão sejam dissipados, então estamos querendo o casamento pelas razões erradas. O matrimônio não deveria ser encarado como uma oportunidade de ter as nossas necessidades conhecidas, mas de conhecer as necessidades do outro. Se não aprendemos a levar as nossas necessidades a Deus, então provavelmente vamos oprimir os nossos maridos com as nossas próprias necessidades sem sequer ter conhecimento das dele. Conheci cristãs que desperdiçaram seus dias consumidas com as suas próprias necessidades e constantemente lamentando sobre o motivo de Deus não ter trazido alguém em sua vida. Mas porque Deus deveria confiar um homem Dele a uma mulher que está absorvida em si mesmo e suas próprias necessidades e não usa a liberdade do celibato para servir a Deus e preparar-se para os propósitos Dele? Tal mulher teria pouco para oferecer a um homem de Deus.

Minha amiga querida, ser solteira, assim como ser casada, deveria ser considerado um tempo muito especial, tempo de desfrutar da providência de Deus. Não deveria ser considerada uma mera circunstância ou maldição da qual deva tentar desesperadamente fugir. Ser solteira é um tempo para aprender sobre Deus e sobre nós mesmas, um tempo para descobrirmos quem somos em Cristo, e como crescer na “aparência de Cristo”. É um tempo para ser zelosa por boas obras e envolvida em ministrar para outros. Ser solteira tem uma magia própria que deve ser aproveitada, pois uma vez passada, não deve nunca mais retornar. Não há nada tão triste como uma mulher já casada que se arrepende por não ter feito o suficiente com a sua vida enquanto solteira. Tudo foi perdido pelo intento de se apressar em casar sem consideração pelo plano ou pela obra de Deus.

Toda fase da vida tem sua beleza e maravilha por si própria. Minha oração para todas as cristãs solteiras é que elas possam aproveitar seu tempo apesar das mentiras do mundo. Que elas possam ser exigentes e não ajustadas por nada menos que a perfeita vontade de Deus. Que elas possam esperar pacientemente em Deus que é o provedor de todo bom e perfeito presente. Que elas possam ser como Ester, usando qualquer tempo que Deus julgue necessário para torná-las lindas por dentro e por fora.

Por Charo e Paul Washer

Artigo publicado originalmente na revista HeartCry volume 3 - Janeiro 1998. 
Tradução: Alan Cristie

segunda-feira, novembro 14, 2011

A Missão da Igreja

A publicação de hoje também é de autoria do Pastor René, e complementa outro artigo dele, publicado na semana passada. Confiram comigo. 

Imagem: Google

René Kivitz*

A compreensão mais comum diz que a missão da igreja é “fazer discípulos”, o que, em sentido reduzido, significa “ganhar almas” ou popularmente “povoar o céu”. Esse conceito está baseado na chamada Grande Comissão de Mateus 28:18-20. Porém, existem outros textos do Novo Testamento que podem servir de base para o entendimento da missão da igreja, como, por exemplo, João 17:18 e 20:21. “Assim como o Pai me enviou ao mundo, eu também os envio”, o que nos leva a considerar a missão da igreja como extensão da missão de Jesus.

Também em Lucas 4:18-21, podemos encontrar uma referência à missão, quando Jesus diz que foi ungido pelo Espírito do Senhor e enviado a pregar boas novas aos pobres, proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, libertar os oprimidos, e proclamar o ano da graça do Senhor. Esse texto pode ser resumido nas expressões salvação, libertação e restauração.

Como último exemplo, podemos olhar para Efésios 1:22,23, em que o apóstolo Paulo diz que pela igreja Jesus exerce sua autoridade sobre todas as coisas. Nesse caso, a igreja é responsável por fazer com que Jesus seja Senhor, de fato, sobre tudo quanto é de direito. Todos esses textos, e muitos outros, apontam para o conceito da missão integral da igreja, resumido em Lausanne como “levar o evangelho todo para o homem todo.

*René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. É mestre em Ciências da Religião e autor de, entre outros, “O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia”. 

domingo, novembro 13, 2011

Quem ouve quem?

O crente, desses sem compromisso e que só lembram de Deus na hora do aperto, joga-se no chão e clama, choroso, quase reclamando: 
- Ó, Senhor, por que Tu demoras tanto a me ouvir?
Bem que Deus poderia responder: 
- Meu filho, a pergunta está invertida! VOCÊ é quem tem demorado muito a ME ouvir!

Falando de Cristo


sexta-feira, novembro 11, 2011

Posso orar por tudo?


Vejam só esse comentário do Pastor René. Achei interessante, porque responde à uma dúvida de muitas pessoas. Vamos conferir? 

Imagem: Google


René Kivitz*

A Bíblia Sagrada ensina que se deve orar a respeito de tudo. Orar por qualquer motivo, a qualquer hora, em qualquer lugar, sempre que o coração não estiver em paz. O apóstolo Paulo nos ensina a orar (Fp 4:6,7) dizendo que “não precisamos andar ansiosos por coisa alguma, mas tudo, pela oração e súplicas, com ações de graças, devemos apresentar nossos pedidos a Deus”. A expressão “coisa alguma” nos leva a orar sem censura filosófica ou teológica, sem se perguntar “é legítimo pedir isso a Deus?” ou “será que Deus se envolve nesse tipo de coisa?”. Devemos simplesmente orar, e de maneira simples. Por outro lado, a Bíblia não garante que Deus atenderá nossos pedidos exatamente como foram feitos. Deus não prometeu dizer sim a todos eles.

O maior fruto da oração não é a resposta, mas a maturidade crescente da pessoa que ora. Na verdade, a estatura espiritual de uma pessoa pode ser medida pelo conteúdo de suas orações. Assim como sabemos se nossos filhos estão crescendo ao observar o que nos pedem e o que esperam de nós, podemos avaliar nosso próprio crescimento espiritual por meio de nossos pedidos e súplicas a Deus. As orações revelam o que realmente ocupa nosso coração, o que realmente é objeto do nosso desejo, o que nos amedronta, nos mobiliza e/ou desestabiliza, e nos rouba a paz.

“Orai sem cessar.”

*René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. É mestre em Ciências da Religião e autor de, entre outros, “O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia”.  

quinta-feira, novembro 10, 2011

O alcance global da missão cristã


Imagem: Google


René Padilha*

Não é necessário destacar que o ministério terreno de Jesus se concentrou em Israel, o povo escolhido de Deus. Seus contatos com os gentios ao longo do ministério, relatados pela Bíblia, são poucos. Entre eles se destacam dois casos. O primeiro é seu encontro cem Cafarnaum com um centurião romano que vai até ele em busca de ajuda para a paralisia que mantém seu servo prostrado (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Quando Jesus se dispõe a ir à sua casa, o centurião lhe diz: “Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.” (Mt 8:8). Tal resposta surpreende Jesus e o leva a comentar com os discípulos: “Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé” (v. 10).

O segundo caso é o seu encontro com  uma mulher siro-fenícia na região de Tiro e Sidom (cidades gentias¹), a qual lhe roga que expulse um demônio de sua filha (Mt 15:10-20). A resposta de Jesus é desconcertante: silêncio. Ante à insistência da mulher e à intervenção dos discípulos que lhe pedem que a dispense, Jesus comenta: “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (v. 24). A mulher insiste e ele afirma: “Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-los aos cachorrinhos” (v.26). Ela não se dá por vencida e responde: “Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores” (v. 27). É uma resposta de fé que rende bom fruto, porque Jesus lhe contesta: “Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo, como tu desejas” (v. 28).

Poderiam ser citados outros casos de contato de Jesus com representantes do mundo gentio, mas esses dois bastam para afirmar que, ainda que seu ministério terreno tenha se concentrado em Israel, os não-judeus não foram totalmente excluídos dos benefícios de seu poder redentor. Assim, é válido lembrar que no começo do Evangelho de Mateus (2: 1-12) encontramos o relato da visita de “uns magos que vieram do oriente” para ver o recém-nascido Jesus. Já era uma mostra da importância que o menino judeu teria para os povos não-judeus.

Apesar da escassez de referências ao ministério terreno de Jesus Cristo como algo que transcende as fronteiras de Israel, é notável que a comissão dada aos discípulos tenha uma óbvia conotação global: “Ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28:19). O mesmo alcance universal está presente nas versões da Grande Comissão de Marcos 16:15, Lucas 24:47 e Atos 1:8. Evidentemente, o propósito de Jesus Cristo é que em todas as nações da terra (panta ta ethne) haja discípulos que o confessem como Senhor sob cuja soberania Deus colocou a totalidade de sua criação, e que vivam sob a luz dessa confissão.

Cabe, então, a pergunta: se Jesus Cristo tinha a intenção de que o anúncio do evangelho chegasse a todas as nações, por que limitou seu ministério quase exclusivamente ao povo de Israel? A resposta mais provável é que sua concentração em Israel foi coerente com o propósito de Deus de usar o povo de Israel como “luz das nações”. Como efeito, para isso é que ele foi escolhido! A promessa do pacto que Deus fez com Abraão não foi só de bênção para ele e seus descendentes: “E far-te-ei um grande nação, e abençoar-te-ei” (Gn 12:2). Foi ao mesmo tempo uma comissão: “E em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3).

A particularidade da eleição tinha um propósito universal. O particular e o universal se unem em Jesus Cristo: ele concentra seu ministério terreno em Israel como o povo escolhido de Deus, mas na Grande Comissão demonstra que seu propósito redentor, em conformidade com a vontade de Deus, tem um alcance global. E essa é a origem das missões transculturais que vão tomando forma depois da ressurreição e exaltação de Jesus Cristo, como relatado em Atos, em cumprimento à promessa do Senhor a seus discípulos: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre nós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra (At 1:8).
_________________
*René Padilha é fundador e presidente da Rede Miqueias, e membro-fundador da Fraternidade Latino-Americana e da Fundação Kairós. É autor de “O Que É Missão Integral?”.

¹São consideradas gentias as pessoas e/ou comunidades não judias, ou seja, nascidas na Judeia. 

quarta-feira, novembro 09, 2011

Pensamento solto...

"Eu posso tudo com Jesus, sem o qual não posso nada." 
Blaise Pascal 

Deus me conhece


Imagem: Google



Ainda falta mais de um mês para o meu aniversário e eu já recebi um cartão de felicitações. E vejam só a mensagem que estava escrita nele.  

“O que mais importa não é o fato que eu conheço a Deus, mas, sim, algo muito maior que está implícito neste conhecimento – ele me conhece. Eu estou gravado nas palmas das suas mãos. Nunca sou esquecido por ele. Ele me conhece como meu melhor amigo, alguém que me ama. Não há um único momento em que ele tira os olhos de mim ou que se distrai e me esquece; portanto, não há um momento sequer que ele deixa de cuidar de mim. Há um indizível conforto em conhecer este Deus que está constantemente consciente de mim em amor e cuidando de mim para o meu bem.”

(J. I. Packer – O Conhecimento de Deus ao Longo do Ano)

Eu achei a mensagem linda e senti uma alegria imensa. E vocês, gostaram? 

Beijinhos...  

Pensamento solto...


“Antes de combater o mal nos demais, cada um de nós deve combatê-lo no interior de si mesmo.” 
Vidosav Stevanovic – Escritor Sérvio

De hoje em diante...*


... Quero valorizar mais as qualidades do que os defeitos dos outros.

Hoje o Blog traz um texto que li na Revista Ultimato e que achei muito condizente com a realidade em que nos encontramos nesses tempos. Espero que gostem! Ah, e comentem, digam se concordam. 

"Não preciso de lentes de aumento para enxergar os defeitos dos outros. Nem de óculos para ver as minhas virtudes. Foi Jesus quem me acusou dessa hipocrisia. Ele denunciou a minha capacidade de me preocupar com um cisco no olho de meu irmão e da capacidade de não me preocupar com um pedaço de madeira no meu (Mt 7:3-4). Estou envergonhando!

De hoje em diante, com o auxílio de Deus, me darei ao trabalho de catar as coisas boas nos outros e as más em mim! Não estou me comprometendo a pôr uma venda nos meus olhos para não ver o meu pecado nos outros. Nem a colocar uma venda nos olhos para não ver a virtude nos outros em mim. Quero me esforçar para ver a maldade alheia com misericórdia e ver a minha bondade com humildade. Que Deus tenha pena de mim e me ajude.

Não perderei de vista o que os sábios têm dito. Vou ser humilde como Goethe, o filósofo alemão que confessou: “Não vejo falta cometida (por outra pessoa) que eu não pudesse ter cometido”. Vou ser coerente como C. S. Lewis, o catedrático de Oxford e Cambridge, que revelou: “Pela primeira vez, examinei a mim mesmo com o propósito seriamente prático, e ali encontrei o que me assustou: um bestiário de luxúrias, um hospício de ambições, uma centena de medos, um harém de ódios minados”. Vou aceitar a palavra de Vidosav Stevanovic, o escritor sérvio, que aconselhou: “Antes de combater o mal nos demais, cada um de nós deve combatê-lo no interior de si mesmo”. Vou ouvir a voz de Agostinho, o bispo de Hipona, que indagou: “Que poderá haver de mais miserável do que um mísero que não enxerga sua própria miséria?”. Vou guardar sempre o conselho de William Saroyan, escritor americano, que disse: “O homem mal deve ser perdoado e amado todos os dias porque alguma coisa de cada um de nós está no pior homem e alguma coisa dele está em nós.

O motoboy acusado de violentar e matar nove mulheres no Parque do Estado, em São Paulo, disse uma verdade: “Eu tenho um lado bom e outro ruim, que se sobrepõe ao bom”. Tentarei enxergar o lado bom dos maus e o lado mau dos bons, para afastar de mim o espírito de superioridade, a ingenuidade e o juízo temerário!"
               
E aí, gostaram? Comentem e digam o que pensam sobre esse assunto tão atual. 


Beijinhos... 

*Revista Ultimato n° 330 (Maio – Junho 2011)