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Se a vida é equilíbrio, nosso grande desafio é manter o foco. O equilibrista não pode olhar para baixo para não se amendrontar com o medo de cair, e não pode olhar para cima para que a prepotência não o faça vacilar e desistir. O foco é o que perseguimos em cima da corda bamba.
O nosso olhar, como bons equilibristas, deveria estar voltado exclusivamente ao foco que temos em nossas vidas, para conseguirmos caminhar mesmo sem às vezes conseguir nos equilibrar.
Há também a possibilidade de nos transformarmos na própria corda bamba, fazendo com que outras pessoas tentem andar em cima de nossos próprios erros, fracassos, deformações e frustrações da vida.
Ou então podemos ser o peso no corpo do equilibrista, quando tentamos obedecer e ser dirigidos por opiniões alheias, indo para o caminho que nos indicam, que nos mandam, que nos aconselham.
Mas creio que na maioria das vezes somos o próprio artista, que tenta a cada apresentação cumprir sua meta, concentrar-se no foco e concluir seu objetivo na medida do equilíbrio.
O que seria essa medida? A tentativa de encontrar a dimensão certa, ou a justa, entre o certo e o errado. O limite colocado em situações, atitudes, sentimentos, para vivermos da maneira mais próxima à perfeição. A tênue linha entre o bem e o mal.
A corda pode romper-se ao meio, o caminho pode machucar nossos pés e a altura pode aumentar o risco da queda. Mas o que demoramos a entender é que o medo que muitas vezes balança a nossa vida não se vence apenas com concentração e sim com o coração.
O amor de Deus é equilíbrio. Tudo que Ele faz não é demais nem de menos, e sim na medida certa. Não há dor, problema, desafio ou foco que não possa ser vencido. Porque Deus estará sempre nos ensinando a medida do equilíbrio e falando aos nossos corações, ainda que muitas vezes não consigamos compreender como Ele calcula as proporções.
Texto de Carol Celico .
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